Pilotado pelo suíço Bertrand Piccard, o avião deverá aterrar - salvo algum acidente - na madrugada de terça-feira no aeroporto de Al Bateen, perto da capital dos Emirados Árabes Unidos, de onde partiu a 9 de março de 2015 para uma viagem de mais de 42 mil quilómetros, feita sem uma única gota de combustível.
Hoje, pelas 07:00 locais, mais uma em Lisboa, o avião aproximou-se do leste da Arábia Saudita, depois de passar pela capital, Riade, de acordo com o site da expedição. De seguida deverá contornar o Bahrein, antes de se dirigir para o Qatar e depois para Abu Dhabi, sobrevoando o Golfo.
Quando aterrar em Abu Dhabi, o Solar Impulse II terá percorrido mais de 40 mil quilómetros e sobrevoado o mar da Arábia, a Índia, a Birmânia, a China, os oceanos Pacífico e Atlântico, os Estados Unidos da América, o sul da Europa e o norte de África.
O projeto Solar Impulse II - liderado por dois pilotos suíços, Bertrand Piccard e André Borschberg - pretende consciencializar e convencer os diferentes líderes políticos da necessidade de optar por soluções tecnológicas que preservam o ambiente.
O Solar Impulse II é alimentado por mais de 17.000 células solares que revestem as suas asas, de 72 metros, mais compridas do que as de um Boeing 747 e quase tão compridas como as do gigante Airbus A380, mas, por ser concebido em fibra de carbono, pesa apenas 2,5 toneladas, menos de 1% do peso de um A380.
A volta ao mundo do avião experimental, com 12 etapas programadas, é o culminar de 12 anos de investigação realizada por André Borschberg e Bertrand Piccard, que, além da exploração científica, procuram transmitir uma mensagem política.
A ideia do projeto, segundo os seus idealizadores, é encorajar a substituição de tecnologias que poluem empregadas na aviação por formatos limpos e eficientes.
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