O ataque aconteceu no campo de refugiados de Jenin, no norte da Cisjordânia, local de repetidos confrontos entre forças israelitas e moradores locais, conhecido como um reduto de militantes palestinianos.
As autoridades palestinianas adiantaram que os soldados entraram no campo hoje de manhã e cercaram uma casa.
Em vídeos que circularam nas redes sociais, foi possível ouvir trocas de tiros.
O Ministério da Saúde palestiniano referiu a existência de dois mortos e 11 feridos, três dos quais em estado grave.
O exército israelita adiantou, por seu lado, ter detido um homem procurado e relatou trocas de tiros em Jenin, mas não deu mais pormenores.
O incidente aconteceu um dia depois de dois adolescentes palestinianos, de 14 e 17 anos, terem sido mortos por israelitas em outros locais da Cisjordânia ocupada.
Grupos de direitos humanos acusam as forças israelitas de usarem força excessiva nas suas relações com os palestinianos, sem serem responsabilizados. Os militares israelitas garantem que abrem fogo apenas em situações de risco de vida.
Israel tem atacado todo o território, especialmente o norte da Cisjordânia, desde uma série de ataques mortais em Israel na última primavera.
As forças de segurança palestinianas dizem que os ataques militares minaram a sua credibilidade e apoio público, especialmente na ausência de qualquer processo político de aproximação.
A última ronda de negociações sobre a paz entre israelitas e palestinianos terminou em 2009.
Este ano já foram mortos mais de 100 palestinianos.
A violência também é alimentada pela crescente desilusão e raiva entre os jovens palestinianos devido à estreita coordenação entre Israel e a Autoridade Palestiniana, apoiada internacionalmente, que trabalham em conjunto para prender militantes.
Israel conquistou a Cisjordânia na guerra do Médio Oriente de 1967 e 500.000 colonos judeus vivem agora em cerca de 130 colonatos e outros postos avançados, entre quase 3 milhões de palestinianos.
Os palestinianos querem esse território, juntamente com Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza, para o seu futuro Estado.
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