Uma grande maioria dos eleitores portugueses (71%) defende que o Partido Socialista deve apoiar Marcelo Rebelo de Sousa nas eleições presidenciais do próximo ano. Os dados são de uma sondagem da Pitagórica para a TSF e JN, divulgada esta segunda-feira. Das respostas afirmativas, 85% pertencem ao eleitorado PS.

A ideia de um apoio socialista a uma recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa paira no ar desde que no dia 13 de maio, numa visita conjunta com António Costa à Autoeuropa, o primeiro-ministro sugeriu voltar à fábrica com o Presidente em 2021.

"Foi-nos lançado o desafio que, da próxima vez que viermos cá, devíamos partilhar com os colaboradores da Autoeuropa uma refeição no refeitório. Como não há duas sem três, cá havemos de voltar outra vez. Eu disse na altura que tinha uma boa data simbólica a propor para fazermos essa terceira visita em conjunto e para partilharmos essa refeição. Se viemos cá no primeiro ano de mandato do senhor Presidente, se viemos cá no último ano do atual mandato do senhor Presidente, a terceira data é óbvia: é no primeiro ano do próximo mandato do senhor Presidente", disse à data o primeiro-ministro.

No entanto, a ideia de um apoio do PS não agrada a todos da mesma maneira. Agrada aos eleitores do Bloco de Esquerda (75%), agrada menos aos eleitores do PSD (65%) e ainda menos a CDS e CDU com percentagens ligeiramente acima de 50%.

A aprovação de Marcelo da esquerda à direita

A aprovação de Marcelo continua em altas, o que mudou, em relação aos últimos anos, terá sido a sua base de apoio. O histórico social-democrata, eleito em 2016 pelo PSD vai vendo a 'nota' atribuída pelo eleitorado descer à medida que o espetro muda da esquerda para a direita. 99% dos eleitores do PS, 93% do Bloco de Esquerda e 88% da CDU avaliam positivamente o trabalho do Presidente, números que contrastam fortemente com os do eleitorado do PSD (23%), CDS (23%) e "outros" (25%), onde se inclui o Chega e a Iniciativa Liberal.

A pouco mais de meio ano das próximas eleições, o Presidente da República continua com a avaliação em alta, com 88% dos inquiridos a fazer uma avaliação positiva do trabalho realizado neste primeiro mandato.