"Na próxima semana nós iremos dinamizar uma greve de todos os profissionais da educação", anunciou o líder do STOP, André Pestana, presente num protesto convocado pela estrutura sindical
A greve tem início no dia 14 de setembro e durará até ao dia 17, correspondendo ao período de abertura das escolas.
A coincidência do período de luta com o começo do novo ano letivo, segundo o responsável, tem um simbolismo muito forte, num ano marcado pela municipalização do pessoal não docente e pela dispensa, denunciada pelo sindicato, de pessoal não docente que estava prestes a entrar para os quadros.
Para o coordenador do STOP, a decisão da greve justifica-se com a ineficácia das formas de luta que têm sido feitas nos últimos anos contra a municipalização: "Isto não vai lá assim com um dia de greve de quatro em quatro meses", defendeu.
Além disso, André Pestana sublinha que "o Ministério tem mostrado durante estes anos uma postura de total bloqueio negocial sobre várias questões que são importantes para quem trabalha nas escolas".
O protesto de hoje, dinamizado pelo STOP, serviu também para 14 profissionais da educação (docente e não docente) se manifestarem contra os "concursos injustos" e os despedimentos do pessoal não docente.
"Respeitem uma vez por todas a graduação profissional", "afinal o que poupou o governo?", "desmotivação docente também prejudica alunos" eram três das frases que se podiam ler nos cartazes dos manifestantes.
Os profissionais da educação sentem-se "desconsiderados" e queixam-se ainda de outras injustiças: a precariedade, a avaliação com quotas, os concursos injustos, a reforma tardia, a falta de subsídios (transporte/alojamento), os salários de miséria para o pessoal não docente e o estrangulamento no acesso ao 5.º e 7.º escalões.
Este foi o terceiro protesto organizado recentemente pelo STOP contra os despedimentos do pessoal não docente, que estava na iminência de entrar para os quadros, e a precariedade. Os anteriores aconteceram em Coimbra e Barcelos, a 7 e 8 de setembro respetivamente.
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