Se o governo aplicasse no próximo ano a atualização das pensões como estava inicialmente previsto, as contas da Segurança Social entrariam em terreno negativo, meia década mais cedo do que está previsto, conta esta segunda-feira o jornal O Público.
Esta, aliás, foi a justificação dada ao Parlamento por parte do governo de António Costa, isto depois dos partidos terem exigido a apresentação dos cálculos que o ministério das finanças fez para um adiantamento único extraordinário da reforma dos pensionista já em outubro, o que levará depois a aumentos entre os 3,4% e os 4,43% em 2023 ao contrário dos 7,1% a 8% inicialmente pensados para o próximo ano.
O jornal salienta que no documento enviado aos partidos, as projeções referem que "os primeiros saldos negativos seriam antecipados para o final da década de 2020, podendo atingir valores negativos até 1% do PIB no final da década de 2030”. No mesmo relatório é salientado também que "o Fundo de Estabilização Financeira, que neste momento tem cerca de 24.600 milhões de euros, se esgotaria mais cedo – no início da primeira metade da década de 2040 –, pondo em causa metade da evolução positiva registada nos últimos anos".
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