Kristalina Georgieva é candidata apoiada pela chanceler alemã, Angela Merkel, e é considerada a mais difícil adversária do ex-primeiro-ministro português António Guterres na corrida à liderança das Nações Unidas.

O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro búlgaro, Boiko Borissov, hoje em Sofia.

“Nós acreditamos que é uma candidatura de sucesso”, disse o chefe do governo de centro-direita aos jornalistas na capital búlgara referindo-se a Kristalina Georgieva.

O nome de Irina Bokova tinha sido proposto pelos socialistas da Bulgária.

Guterres enfrenta adversária de peso

Guterres venceu destacado as cinco primeiras votações no Conselho de Segurança da ONU, que aconteceram a 21 de julho, 05 de agosto, 29 de agosto, 09 de setembro e 26 de setembro, mas a eleição poderá tornar-se renhida a partir de agora.

Guterres teve 12 votos "encoraja", dois "desencoraja" e um "sem opinião", precisamente o mesmo resultado da anterior votação.

Em segundo lugar, ficou o sérvio Vuk Jeremic, mas com apenas oito votos de encorajamento, seis "desencoraja" e um "sem opinião.

A próxima votação, prevista para 05 de outubro, é mais importante devido à possibilidade de veto dos membros permanentes do Conselho de Segurança (Estados Unidos, Rússia, França, Reino Unido e China) a qualquer candidato, incluindo Guterres.

O nome do próximo secretário-geral da ONU deverá ser anunciado durante o próximo mês e a decisão do Conselho será, em seguida, ratificada pela Assembleia-geral das Nações Unidas.

O executivo búlgaro admitiu, antes da quinta votação no Conselho de Segurança, mudar a sua candidata, se Bokova não lograsse alcançar o primeiro ou segundo lugar no escrutínio da passada segunda-feira.

Bokova ficou em sexto lugar na votação ganha, mais uma vez, por Guterres, mas ainda assim disse não ver "qualquer razão séria" para desistir da candidatura.

Acabou por ser o executivo de Sófia a deixá-la cair, na sequência da estratégia admitida antes da quinta votação, substituindo Bokova por Georgieva, que classificou de "candidatura de sucesso".

Na escolha do sucessor de Ki-Moon há que contar com movimentos em favor da eleição alguém vindo da Europa de Leste, mas também de uma mulher, o que seria inédito na instituição, após os oito homens que já ocuparam o cargo.

Na escolha do líder da ONU, assim que um candidato reunir nove votos entre os 15 países membros e aprovação de todos os membros permanentes - China, França, Reino Unido, Rússia e Estados Unidos - o conselho recomendará o seu nome para aprovação pela Assembleia-Geral da ONU, que reúne representantes de 193 países.

A organização espera encontrar durante este outono o sucessor de Ban Ki-moon, que termina o seu segundo mandato no final do ano.

Neste momento, o lugar de secretário-geral da ONU é disputado por 9 candidatos, quatro deles mulheres.

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