O procurador responsável pelo caso, Krister Petersson, disse que o mesmo estava a ser encerrado porque o principal suspeito, Stig Engstrom, morreu em 2000.

Palme foi morto a tiro em 28 de fevereiro de 1986, em Estocolmo, depois de sair do cinema com a mulher, Lisbeth Palme.

O procurador disse que Engstrom, também conhecido como Skandiamannen por trabalhar na companhia de seguros Skandia, nas proximidades, tinha uma forte aversão a Palme e às suas políticas. Foi uma das primeiras pessoas a chegar ao local do crime e inicialmente foi considerado suspeito.

"Uma vez que morreu, não o podemos indiciar", disse Petersson, em conferência de imprensa.

Algumas testemunhas deram descrições do assassino em fuga que combinavam com as características de Engstrom, enquanto outros disseram que nem estava no local. O próprio Engstrom afirmou estar presente desde o início, falou com Lisbet Palme e com a polícia e tentou ressuscitar a vítima.

Pouco depois do assassinato, Engstrom apareceu nos media suecos e elaborou uma história cada vez mais detalhada do seu envolvimento nos acontecimentos, criticando a polícia. Alegou que as testemunhas que descreveram o assassino estavam no fundo a decreve-lo a ele, que tinha estado efetivamente no local.

A polícia então considerou Engstrom como testemunha não fiável e inconsistente e classificou-o como uma pessoa sem interesse para a investigação.

Olof Palme procurava viver de forma simples e costumava sair sem guarda-costas. Na noite do assassinato não tinha proteção.

Lisbet Palme ficou ferida no ataque e, mais tarde, identificou o atirador como Christer Pettersson, alcoólico e viciado em drogas, que foi condenado pelo assassinato de Palme. A sentença foi revogada depois de a polícia não ter apresentado qualquer evidência técnica, deixando o mistério por resolver. Pettersson morreu em 2004.

Mais de 100 pessoas foram consideradas suspeitas do crime e o caso não resolvido foi rodeado por teorias da conspiração, que vão desde o envolvimento estrangeiro, a pessoas com simpatias de direita dentro da polícia da Suécia até a um ato de um atirador solitário.

Palme era uma figura extravagante, um político carismático e era conhecido pelas suas ideias de esquerda. Foi primeiro-ministro da Suécia entre 1969 e 1976 e, novamente, entre 1982 e 1986.

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