Após sete anos no poder, o líder social-democrata, enfraquecido por uma crise política no início do verão, anunciou em agosto que deixaria o cargo de primeiro-ministro em novembro, menos de um ano antes das eleições de setembro de 2022.
Magdalena Andersson, eleita no início de novembro como líder dos social-democratas em substituição de Löfven, deverá suceder-lhe como chefe do Governo sueco, desde que vença uma votação no parlamento, cuja data ainda não foi fixada.
Para vencer, Andersson terá que garantir o apoio conjunto dos seus aliados ecologistas e de dois outros partidos: o Partido de Esquerda e o Partido de Centro.
Pouco antes do anúncio da renúncia de Stefan Löfven, a líder dos centristas, Annie Lööf, garantiu que o seu partido não votaria contra Magdalena Andersson, após um acordo alcançado com os sociais-democratas e ecologistas.
A saída de Löfven permitiu assegurar a sucessão tendo em vista a campanha eleitoral, numa altura em que os social-democratas se veem ameaçados nas sondagens.
Os social-democratas de Magdalena Andersson terão, nomeadamente, como adversário o partido conservador Moderados, liderado por Ulf Kristersson, que se aproximou do partido anti-imigração Democratas da Suécia (SD) e está agora pronto para governar, com o seu apoio no parlamento.
Trata-se de uma grande mudança política na Suécia, ao cabo de uma década de acentuado crescimento da extrema-direita, alimentado pela hostilidade contra a entrada de um elevado número de refugiados no país.
Apesar de ser uma clara defensora da igualdade de género, a Suécia ainda não teve uma primeira-ministra.
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