Segundo Pedro Araújo, representante do Q CELLS, grupo investidor neste projeto, a potência solar total a instalar neste empreendimento será de 11,6 Megawatt (MW), não revelando, para já, o valor do investimento neste parque fotovoltaico, que se prevê que esteja concluído em finais de 2020.

"De momento, não podemos divulgar o valor do investimento no projeto, ficando essa indicação para mais tarde”, indicou à Lusa Pedro Araújo.

O Q CELLS, tido como um dos maiores fornecedores de painéis fotovoltaicos do mundo, tem sede administrativa em Seul, na Coreia do Sul, e centro de investigação e desenvolvimento (I&D) na cidade alemã de Thalheim.

Segundo Alberto Varela, representante da Triple Watt, a empresa responsável pelo desenvolvimento do projeto fotovoltaico do Larinho, um empreendimento tão grande representa um sinal de intenção da Q CELLS de continuar a explorar oportunidades de desenvolvimento de energia limpa em Portugal.

Questionado pela Lusa sobre outros em investimentos do mesmo grupo para concelhos vizinhos de Torre de Moncorvo e no Douro Superior, os responsáveis pelo projeto garantiram "que não podem revelar detalhes específicos de outros projetos nesta fase".

Contudo, Pedro Araújo referiu que “toda a Península Ibérica apresenta condições excecionais de irradiação solar, pelo que todas as regiões de Portugal e Espanha representam excelentes localizações potenciais para o desenvolvimento fotovoltaico”.

"O local específico [Larinho] foi identificado após cuidadosa consideração e colaboração com os nossos parceiros locais do projeto, a empresa Triple Watt, e estamos entusiasmados por ligar, o quanto antes, a instalação de 11,6 MW à rede e começar a fornecer energia solar limpa ao operador local da rede elétrica", concretizou o responsável.

Já a Triple Watt é uma empresa portuguesa e especializada no setor solar fotovoltaico, fornecendo serviços nos segmentos do desenvolvimento de projetos e EPC (Engineering Procurement and Construction), para projetos de pequena e grande dimensão, não só em Portugal mas também a nível internacional.

Para o presidente da câmara de Torre de Moncorvo, Nuno Gonçalves, este é um projeto que representa para o município e para a Associação de Municípios do Douro Superior (AMDS) a possibilidade de estarem na "vanguarda de energia limpa em Portugal".

Para o também presidente da AMDS, no futuro irão certamente sentir-se também outros benefícios provenientes da instalação deste equipamento no município e no território da AMDS, levando para este concelho uma dinâmica industrial própria deste tipo de instalações renováveis, envolvendo várias pessoas locais na própria construção e operação da central fotovoltaica.

"No imediato, há meia centena de trabalhadores a laborar, a economia local recolhe benefícios, desde logo no setor da restauração e do alojamento. Além disto, com o envolvimento de empresas específicas do ramo a trabalhar na zona, toda uma atividade comercial local será alavancada", vincou o autarca transmontano.