O Supremo pronunciou-se a favor de uma petição nesse sentido apresentada pelo ministério da Justiça, informou o Tribunal aos media locais.
O argumento para o veredicto assenta no facto de A Rússia do Futuro ser o nome de outra formação política dirigida por Alexander Zorin, um advogado próximo do Kremlin e que solicitou o registo após Navalny.
Navalny tentou por diversas vezes registar partidos políticos, mas o ministério da Justiça rejeitou todos pedidos por questões formais e outros motivos, que o opositor considera fabricados.
Desde que garantiu quase um terço dos votos nas eleições para o município de Moscovo em 2013 que Navalny denuncia uma campanha oficial para impedi-lo de prosseguir a atividade política.
Devido a antecedentes penais, a Comissão eleitoral impediu-o de defrontar o Presidente russo, Vladimir Putin, nas presidenciais de 2018.
Por esse motivo, Navalny idealizou a campanha “Voto inteligente”, que exorta os eleitores a apoiarem nos diversos escrutínios qualquer candidato que tenha possibilidade de derrotar o representante da Rússia Unida, o partido de Putin.
Após utilizar esta fórmula nas eleições municipais de 2019 em Moscovo, Navalni voltou a propor a mesma opção nas recentes eleições regionais, mas foi envenenado quando fazia campanha na Sibéria.
A oposição propõe utilizar o mesmo método nas legislativas de 2021, com o objetivo de retirar a maioria parlamentar à Rússia Unida.
Navalny exigiu hoje às autoridades russas a devolução da roupa que usava quando foi envenenado num hotel da cidade siberiana de Tomsk.
O ministério da Saúde de Tomsk argumentou que essa roupa foi confiscada pelos organismos de investigação que assumiram o controlo do caso.
A Alemanha e a França denunciaram uma “tentativa de assassinato” de Navalni, mas Moscovo respondeu acusando-os de politizar o caso, exigindo a Berlim dados das análises toxicológicas realizadas pelo opositor.
O Governo alemão, que denunciou o envenenamento de Navalny com Novichok, uma substância neurotóxica concebida por especialistas soviéticos e com fins militares, anunciou há uma semana que laboratórios da França e Suécia também confirmaram que o opositor foi envenenado.
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