O primeiro caso foi o de uma utente que foi transportada na quinta-feira para o Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), onde fez um teste positivo, indicou à agência Lusa o autarca de Mora, Luís Simão.

Segundo o presidente do município, na sequência dos testes realizados no dia seguinte no lar do Centro Social Paroquial de Nossa Senhora da Purificação, em Cabeção, naquele concelho alentejano, foram detetados mais oito casos de infeção com o vírus que provoca a covid-19.

Luís Simão adiantou que dois dos infetados deste surto estão internados no HESE, nomeadamente um utente, que está em enfermaria, e o elemento da direção do lar, que se encontra nos cuidados intensivos.

Quanto aos outros cinco utentes infetados, o presidente do município referiu que não precisaram de internamento hospitalar, pelo que foram instalados num "equipamento da retaguarda preparado pela Câmara de Mora".

"Vai entrar ainda hoje ou amanhã [quarta-feira] no lar" uma Brigada de Intervenção Rápida da Cruz Vermelha Portuguesa, assinalou, garantindo que os utentes "estão a ser devidamente acompanhados pelas instituições".

O autarca disse que estão a ser feitos hoje novos testes na instituição, que tem 40 utentes e 23 funcionários, e manifestou a esperança de que não surjam mais casos de infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.

Realçando que a câmara municipal presume que existam no concelho de Mora "cerca de 25 casos ativos" de covid-19, Luís Simão explicou que o município "não tem recebido informação" da Autoridade de Saúde Pública.

Por outro lado, o autarca apontou "falhas" à fiscalização das pessoas obrigadas a estarem confinadas, por terem tido resultado positivo no teste de rastreio ao novo coronavírus ou por contacto com infetados.

Na semana passada, contou, a GNR recebeu "listagens desatualizadas" e "há já dois ou três dias que não recebe coisa nenhuma", o que mostra que "há qualquer coisa num elo desta cadeia que está a falhar".

"Em Cabeção, surgiram alguns casos na comunidade e ninguém foi fiscalizado, porque nem sequer chegou à GNR o nome dessas pessoas. E eram alguns casos que deviam estar em confinamento, pelo menos, até serem testados", notou.

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