“Estou bastante grata à comunidade democrática por ter tomado esta posição comum, unida. As sanções são muito mais poderosas quando são decretadas em coordenação”, considerou, em declarações à agência noticiosa France-Presse (AFP), lembrando que passou um mês desde que Minsk desviou um avião comercial para deter um jornalista da oposição.
Tikhanovskaia sublinhou que o sequestro do voo da Ryanair, que fazia a ligação entre Atenas e Vílnius (Lituânia), e a detenção de Roman Protasevich, tornou possível esta posição comum.
“Nunca tivemos tal unidade entre bielorrussos e países democráticos. [As sanções] foram impostas simultaneamente, no mesmo dia, e é uma mensagem clara ao regime de que continuamos a trabalhar juntos contra as violações dos direitos humanos, contra os atos sem fé e sem lei. É maravilhoso”, disse a líder da oposição bielorrussa.
“As sanções são inéditas. Sanções já tinham sido impostas ao governo e ao seu regime, mas desta vez a lista é muito poderosa. O regime deve entender que não há saída desta situação exceto através de novas eleições. O regime terá de entender essa mensagem”, acrescentou.
A União Europeia, os Estados Unidos, o Reino Unido e o Canadá decidiram hoje punir dezenas de personalidades e empresas ligadas ao poder vigente em Minsk.
Os 27 também concordaram em cortar importantes fontes de receita do regime numa reunião em Luxemburgo, decisão que deve ser confirmada “rapidamente” na cimeira da UE marcada para quinta e sexta-feira em Bruxelas, disse o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros europeus encontraram-se hoje de manhã com Tikhanovskaia, que chegou ao Luxemburgo na noite de domingo, tendo informado a líder da oposição bielorrussa sobre as decisões já tomadas.
Tikhanovskaia, por seu lado, entregou aos chefes da diplomacia europeus uma lista de empresas estatais a serem sancionadas se for necessário aprovar um novo pacote de medidas, indicou Borrell.
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