Fonte da IP confirmou hoje à Lusa a data de reabertura da travessia após as obras de reabilitação da ponte, que se iniciaram em outubro de 2021 e tiveram uma ‘derrapagem’ no prazo e nos custos.
Em outubro de 2021, a IP anunciou que a ponte engenhada por Théophile Seyrig, colaborador de Gustave Eiffel, aberta em 1886, seria alvo de obras de reabilitação com a duração de cerca de um ano.
Porém, em setembro do ano passado, a IP admitiu que a execução da obra se atrasaria até março deste ano, prazo que também acabou por resvalar em duas semanas.
Segundo disse à Lusa a responsável da IP pela fiscalização da obra, Joana Moita, no dia 15 de março, os atrasos deveram-se à descoberta de mais problemas na estrutura da ponte face aos inicialmente previstos.
“Só após a decapagem da pintura aqui da ponte pudemos verificar que havia mais anomalias do que aquelas que estávamos a contar, e que estavam previstas no projeto. Tivemos que rever o projeto e colocar mais chapa, mais cantoneiras, e isso claro que atrasa a obra”, justificou.
Apenas após descobrir estas dificuldades foi possível “verificar que os topos das vigas estavam em muito mau estado, assim como os aparelhos de apoio”, obrigando a que se os tivessem de “substituir na íntegra” e a esticar os prazos seis meses.
O custo da obra, inicialmente estimado em 3,3 milhões de euros, acabou por ficar nos 4,2 milhões, tanto devido à intervenção mais complexa do que o esperado, mas também devido à crise das matérias-primas, ligada à guerra na Ucrânia, segundo a mesma responsável.
Segundo comunicou a IP em outubro de 2021, a empreitada visou reparar um conjunto de anomalias identificadas, a maioria das quais relacionada com a corrosão superficial de elementos metálicos, bem como outras que viriam a ser identificadas no decorrer das obras.
“Esta estrutura tem maior rigidez, ou seja, vai ser mais difícil sentirmos as vibrações da ponte”, explicou à Lusa a engenheira Joana Moita, revelando que serão instalados “painéis de informação a avisar a população sempre que a ponte é atravessada por uma multidão”.
A travessia também vai ficar equipada com um “aparelho oleodinâmico, para deslocações longitudinais, ou seja, [para] travagens bruscas dos veículos ou um sismo”, travando as deslocações e fazendo “com que o tabuleiro se mantenha na formação original”.
A responsável estimou que a intervenção dure para que não seja precisa uma nova durante “pelo menos 30 anos ou mais”.
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