A notícia das detenções foi conhecida a meio de uma conferência de imprensa, na sede nacional do partido, sobre propostas de incentivo à natalidade e, poucos minutos depois, Assunção Cristas foi questionada sobre o assunto.

“Estava numa conferência de imprensa sobre a natalidade, não me pude inteirar dela [a notícia], mas certamente o CDS olhará para esse assunto com a maior atenção, como tem olhado para todas as questões relacionadas com Tancos”, afirmou.

Assunção Cristas lembrou que o CDS já chamou “amiúde” ao parlamento responsáveis, como o chefe do Estado-Maior do Exército ou o ministro da Defesa, para darem esclarecimentos aos deputados, mantendo também na agenda um eventual pedido de inquérito parlamentar “para descobrir o que aconteceu em Tancos”.

A Polícia Judiciária deteve esta terça-feira militares da Polícia Judiciária Militar e da Guarda Nacional Republicana e um outro suspeito e realizou buscas em vários locais nas zonas da Grande Lisboa, Algarve, Porto e Santarém.

Segundo um comunicado da Procuradoria-Geral da República, no inquérito no qual decorreram as detenções, “investigam-se as circunstâncias em que ocorreu o aparecimento, em 18 de outubro de 2017, na região da Chamusca, de material de guerra furtado em Tancos”.

Em causa, adianta o comunicado, estão “factos suscetíveis de integrarem crimes de associação criminosa, denegação de justiça, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influência, favorecimento pessoal praticado por funcionário, abuso de poder, recetação, detenção de arma proibida e tráfico de armas”.

O furto de material militar dos paióis de Tancos - instalação entretanto desativada - foi revelado no final de junho de 2017. Entre o material furtado estavam granadas, incluindo antitanque, explosivos de plástico e uma grande quantidade de munições.

Em 18 de outubro, a Polícia Judiciária Militar recuperou, na zona da Chamusca, quase todo o material militar que tinha sido furtado da base de Tancos no final de junho, à exceção das munições de 9 milímetros.

Contudo, entre o material encontrado, num campo aberto na Chamusca, num local a 21 quilómetros da base de Tancos, havia uma caixa com cem explosivos pequenos, de 200 gramas, que não constava da relação inicial do material que tinha sido furtado, o que foi desvalorizado pelo Exército e atribuído a falhas no inventário.

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