Nascido em Moimenta da Beira em 1953, o coronel Luís Vieira cursou a Academia Militar entre 1973 e 1977 e completou o curso de Comandos no ano seguinte.

Ao longo da carreira recebeu várias condecorações. Foi distinguido com a medalha Comportamento Exemplar grau Ouro, a da Defesa Nacional de 1.ª classe e a de Mérito Militar de 2.ª classe.

Licenciou-se em Direito na Universidade Lusíada em 1999 e tem várias pós-graduações, um curso intensivo de Contra-Terrorismo e fez também o curso de auditor de Segurança Interna.

Na Polícia Judiciária Militar (PJM), começou como defensor oficioso em 2002/2003 e nos anos seguintes foi defensor oficioso no Supremo Tribunal Militar e juiz militar no Tribunal Criminal do Porto.

Em 2009 chegou a subdiretor-geral e dois anos depois assumiu as funções de diretor-geral, com um mandato de cinco anos que foi renovado em 2016 por despacho do atual ministro da Defesa, Azeredo Lopes.

Em julho de 2010, passou à reserva, segundo a nota curricular que consta do despacho de nomeação, em comissão de serviço, por um período de cinco anos, renovável.

A Polícia Judiciária Militar depende hierarquicamente do Ministro da Defesa Nacional. Tem como missão “coadjuvar as autoridades judiciárias na investigação criminal, desenvolver e promover as ações de prevenção e investigação criminal da sua competência ou que lhe sejam cometidas pelas autoridades judiciárias competentes”.

O aparecimento do material militar furtado em Tancos foi revelado a 18 de outubro do ano passado pela Polícia Judiciária Militar, através de um comunicado, no qual adiantava que teve a colaboração do núcleo de investigação criminal da GNR de Loulé.

Na altura, a PJM indicou que o material recuperado já se encontrava nos Paióis de Santa Margarida, à guarda do Exército.

O coronel Luís Augusto Vieira foi detido para interrogatório hoje, ao fim da manhã, nas instalações da PJM, no Restelo, pela Polícia Judiciária, na presença de um oficial de patente superior, major-general do Exército, segundo fontes militares.

Um comunicado da Procuradoria-Geral da República adiantou que o inquérito que deu origem às detenções - oito, quatro de elementos da PJM, três da GNR e um civil - “investigam-se as circunstâncias em que ocorreu o aparecimento, em 18 de outubro de 2017, na região da Chamusca, de material de guerra furtado em Tancos”.

Os mandados de detenção visam quatro responsáveis da PJM, incluindo Luís Vieira, um civil e três elementos da GNR.

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