“Que eu me recorde, sobre esta questão do encobrimento, não tive qualquer conhecimento, nem formal, nem informal”, disse à agência Lusa o general João Cordeiro, que, em novembro de 2017, deixou o cargo de Chefe da Casa Militar do Presidente da República, que é também Comandante Supremo das Forças Armadas.

O furto do armamento dos paióis de Tancos foi noticiado em junho de 2017 e, quatro meses depois, foram recuperadas parte das armas.

Em setembro último, a investigação do Ministério Público à recuperação do material furtado, designada Operação Húbris, levou à detenção para interrogatório de militares da PJM e da GNR.

Na mesma altura, foi noticiada uma operação de encenação e encobrimento na operação, alegadamente organizada por elementos da Polícia Judiciária Militar, que dela terão dado conhecimento ao chefe de gabinete do ministro da Defesa, Azeredo Lopes.

Azeredo Lopes demitiu-se há uma semana, sendo substituído por João Gomes Cravinho.

Na quarta-feira, o Chefe do Estado-Maior do Exército, general Rovisco Duarte, também apresentou a demissão. Rovisco Duarte foi hoje substituído pelo general José Nunes da Fonseca.