Fontes da comissão disseram à Lusa que esta foi uma das audições fixadas na reunião da mesa e de coordenadores da comissão de inquérito, hoje à tarde, em que ficaram definidas as últimas audições.

Em 2 de maio, haverá duas audições, a do jurista e ex-ministro Rui Pereira, sobre um parecer que lhe é atribuído sobre as competências da Polícia Judiciária Militar (PJM), e a do atual ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, sucessor de Azeredo Lopes, que se demitiu devido ao caso do furto de material militar.

A primeira versão do relatório, da responsabilidade do deputado socialista Ricardo Bexiga, será entregue até ao fim do mês de maio, segundo as mesmas fontes.

Após essa data, há ainda o período de debate, com apresentação de propostas de alteração dos grupos parlamentares.

A comissão parlamentar de inquérito sobre as consequências e responsabilidades políticas do furto do material militar ocorrido em Tancos, em junho de 2017, iniciou os seus trabalhos em 6 de novembro de 2018, e termina o mandato em junho.

O furto do material militar, entre granadas, explosivos e munições, dos paióis de Tancos, foi noticiado em 29 de junho de 2017 e parte do equipamento foi recuperado quatro meses depois.

O caso ganhou importantes desenvolvimentos em 2018, tendo sido detidos, numa operação do Ministério Público e da Polícia Judiciária, sete militares da Polícia Judiciária Militar e da GNR, suspeitos de terem forjado a recuperação do material em conivência com o presumível autor do crime.

Este processo levou à demissão, ainda em 2018, do ministro da Defesa Nacional, José Azeredo Lopes, e do chefe do Estado-Maior do Exército, general Rovisco Duarte.

[Notícia atualizada às 20:53]