"É sempre louvável que um cidadão se ponha à disposição das autoridades judiciais ou judiciárias, neste caso, para esclarecer aquilo que entenderem que é necessário esclarecer. É uma questão de colaboração com o sistema de justiça, que é sempre um dado positivo", afirmou Francisca Van Dunem, à margem de uma das conferência de imprensa no âmbito do Conselho de Ministros realizado na Tapada de Mafra.

O ex-ministro da Defesa Nacional Azeredo Lopes manifestou hoje ao Departamento Central de Investigação e Ação Penal [DCIAP] "total e completa disponibilidade e interesse" em ser ouvido sobre o caso de Tancos, disse o próprio à agência Lusa.

"É óbvio que, havendo qualquer dúvida relativamente a qualquer pessoa, não falo especificamente deste caso, do senhor ex-ministro da Defesa, acho que esse cidadão se deve por à disponibilidade das autoridades para esclarecer o que houver", afirmou a ministra da Justiça.

Numa declaração enviada à Lusa, José Azeredo Lopes afirmou ter contactado o DCIAP e manifestado, "com respeito pleno pela autonomia decisória da PGR [Procuradoria-Geral da República]", a sua "total e completa disponibilidade e interesse em ser ouvido pela investigação deste caso".

Na mesma declaração, José Azeredo Lopes acrescentou que reitera tudo o que afirmou "até à data" sobre aquele caso.

O Ministério Público disse hoje, por sua vez, que "fará todas as diligências que considerar necessárias à descoberta da verdade" no processo de recuperação das armas furtadas em Tancos, após o ex-ministro Azeredo Lopes ter manifestado interesse em prestar declarações.

"O Ministério Público, no âmbito de qualquer inquérito e das suas competências, fará todas as diligências que considerar necessárias à descoberta da verdade", respondeu a Procuradoria-Geral da República à agência Lusa.