Catarina Martins esteve esta manhã no protesto, em frente ao Ministério das Infraestruturas, de trabalhadores dos bares dos comboios da CP, tendo sido questionada pelos jornalistas sobre os recentes desenvolvimentos relativos à indemnização pela saída da TAP da antiga governante Alexandra Reis.

“Nós temos é muita pressa que o relatório [da Inspeção-Geral de Finanças] seja público para podermos saber quais são os resultados da auditoria. Agora há uma grande perplexidade: é que até agora, o ministro das Finanças foi incapaz de dizer o que pensa sobre este caso”, criticou.

Para a líder do BE, Fernando Medina “há de ter uma opinião sobre a administradora ter vindo com meio milhão de euros de prémio para depois ir para outra empresa pública”, criticando esta “fuga” do ministro das Finanças “a qualquer explicação ou sequer a dizer o que é que pensa sobre este caso que choca o país”.

“Acho que é insustentável que o senhor ministro das Finanças continue a fugir a duas perguntas tão simples: o que é que sabia e o que é que pensa sobre este caso”, enfatizou.

A cada dia que passa “sem o ministro das Finanças explicar o que sabia e o que pensa sobre este caso”, na opinião de Catarina Martins, “mais difícil fica a posição do próprio ministro das Finanças em tudo isto”.

“Fernando Medina tem de dar essas respostas, já devia ter dado. Que não tenha aproveitado ontem a oportunidade das perguntas para esclarecer o que é que sabe e o que pensa sobre este caso parece muito preocupante”, condenou.

Insistindo na necessidade do relatório da IGF ser tornado público “o quanto antes”, a líder do BE referiu que haverá uma comissão de inquérito e que “o Bloco de Esquerda faz o seu trabalho”.

“Agora há um país em que as pessoas estão aflitas, verdadeiramente aflitas, sequer para pôr comida em cima da mesa e há um ministro das Finanças que não sabia, não quer saber nem tem nenhuma opinião sobre uma administração que tem privilégios milionários numa empresa que é pública e paga com o dinheiro de todos”, condenou.

Na terça-feira, na audição regimental na Comissão de Orçamento e Finanças, os deputados insistiram, mas o ministro das Finanças rejeitou responder às questões colocadas sobre o caso de Alexandra Reis e a TAP, escusando-se “tirar conclusões” antes da conclusão do relatório da Inspeção-Geral das Finanças sobre a indemnização.

Nesta audição, o dossiê TAP surgiu diversas vezes pela voz dos deputados de quase todos os partidos, particularmente as eventuais consequências que serão retiradas da auditoria da Inspeção-Geral das Finanças (IGF) sobre a indemnização paga pela TAP a Alexandra Reis.

Mariana Mortágua, deputada e candidata a coordenadora do BE, foi a mais incisiva, o que resultou num ‘pingue-pongue’ de perguntas e evasão de resposta com o ministro das Finanças, que durou cerca de 13 minutos.

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