“Vai haver um relatório, que será o relatório que o Partido Socialista vai querer, mas a questão de fundo, o problema de fundo que desde sempre está colocado, é: qual é o caminho para a TAP. E o caminho para a TAP, na vontade do Governo, do PSD e da IL, é a sua privatização”, disse Paulo Raimundo, à margem de uma visita aos Serviços Municipalizados de Setúbal.

  “O que eu desejaria era que o relatório da TAP dissesse que o caminho da privatização é um crime económico e político que se vai desenvolver, se isto for para a frente. Mas o relatório da TAP não vai dizer nada disso. Nós vamos chegar ao fim desta novela toda, com o caminho da privatização a andar. E o resto ficará para leituras posteriores, porque não vai ter consequências nenhumas”, acrescentou o líder comunista.

 Para Paulo Raimundo, a CPI “não foi uma perda de tempo”, mas “perdeu-se a oportunidade de ir mais longe na avaliação da questão da TAP, em particular no processo de privatização”.

  O líder comunista falava aos jornalistas durante uma visita aos Serviços Municipalizados de Setúbal (SMS), no âmbito de uma ação de valorização da gestão autárquica nos municípios da CDU, que inclui também, durante a tarde, uma visita ao Parque Metropolitano da Biodiversidade Alto da Verdizela, em Corroios, no concelho do Seixal.

 “Nós estamos numa ação de valorização do trabalho da CDU, aqui em Setúbal sobre as questões da água e aquilo que foi o passo decisivo da gestão da CDU na reversão do processo de privatização, para transformar este recurso fundamental, que é a água, em recurso público de gestão pública”, disse Paulo Raimundo, defendendo que a "gestão pública da água é muito positiva para as populações, desde logo pela redução das tarifas”.

  “À tarde estaremos no Seixal, nesta linha de continuação das iniciativas de valorização da gestão CDU, no Parque da Biodiversidade, onde procuraremos evidenciar outra linha fundamental da nossa atuação na gestão das autarquias e do nosso projeto, que são as questões ambientais, as questões do lazer, as questões dos espaços para as populações, porque é preciso valorizar aquilo que fazemos e valorizar os caminhos que traçamos”, concluiu o líder comunista.