Numa mensagem aos colaboradores, a que a Lusa teve acesso, a gestora, que esta quarta-feira vai ao parlamento, a propósito da indemnização a Alexandra Reis, destacou “um conjunto de novas medidas, que passam pelo investimento em 48 milhões de euros de remuneração aos trabalhadores para alívio dos cortes salariais efetuados”.

Simultaneamente, a transportadora irá lançar “iniciativas como o aumento de investimento em um milhão de euros em formação, modernização das relações de trabalho, programa de mobilidade interna e atualização de políticas de recursos humanos”.

“Estamos neste momento a trabalhar em soluções que nos permitam recompensar os trabalhadores por todos os esforços desenvolvidos e que permitam também mitigar o impacto da subida da inflação e que oportunamente serão partilhadas em primeira mão com os representantes dos trabalhadores”, destacou a CEO da TAP.

A gestora começa por dizer que “como outras companhias aéreas, a TAP poderia ter desaparecido em 2021, mas o Estado português não o quis e acordou-se um plano de reestruturação, validado por Bruxelas”.

Christine Ourmières-Widener indicou depois que, “neste quadro tão complexo e com base nos dados já apurados”, a TAP pode adiantar, apesar de só apresentar os resultados em março, que “teve no ano passado uma das maiores receitas da sua história, depois de no terceiro trimestre do ano já ter registado o seu melhor resultado trimestral de sempre”.

A CEO da TAP defendeu que estes resultados são o reflexo não só de uma “maior procura de mercado”, mas também de um “conjunto de medidas tomadas ao longo deste primeiro ano” do plano, incluindo “a otimização das receitas por voo, dos horários e frequências, do novo modelo de cobranças dinâmicas e de toda a reorganização da força comercial”.

A CEO reconhece o “esforço” pedido aos trabalhadores com a redução da massa salarial e garantiu que já foram poupados mais de 150 milhões de euros em renegociações de contratos com terceiros, assegurando ainda que foram solucionados “diversos problemas”, como o da ME Brasil, que está “inoperante” desde maio do ano passado, “sendo expectável que encerre definitivamente em 2024”.

“Mas o que até agora conseguimos atingir de resultados concretos, de objetivos cumpridos, aumenta ainda mais a nossa responsabilidade e dever de exigência, de estarmos abertos a um diálogo franco, aberto e construtivo em prol da sustentabilidade, crescimento e futuro da TAP”, garantiu.

“Da minha parte, da nossa parte, quero deixar aqui esse compromisso bem expresso”, assegurou a CEO.