Em declarações à Lusa, Luís Miguel Ribeiro disse que a AEP, que hoje se reuniu com o ministro da Economia, Pedro Reis, “apresentou um conjunto de preocupações que foram manifestadas num inquérito” que fez às suas associadas e que “colocam em primeiro lugar” a necessidade de “uma linha reforçada de apoio à internacionalização e às exportações”.

Em segundo, querem um “apoio e um reforço de instrumentos de apoio ao seguro de crédito e ao financiamento, uma linha de financiamento para as exportações” e, em terceiro, “colocam a questão dos recursos humanos, nomeadamente a requalificação e apoio à contratação”.

“Em quarto lugar, que é transversal a tudo isto, uma redução da carga fiscal para que o desafio da competitividade não seja ainda maior, porque de facto Portugal tendo uma carga fiscal superior a outros países tem sempre esta dificuldade acrescida”, destacou.

Segundo o dirigente associativo, o ministro deu nota de que “a estratégia da União Europeia vai ser em primeiro lugar e sempre negociar, não retaliar”.

Além disso, indicou, o governante referiu que “o compromisso é acelerar as medidas que já estavam no programa ‘Acelerar a Economia’ e que um novo pacote que irá ser colocado à disposição das empresas”, disse, esperando que seja “com muita celeridade”.

O presidente da AEP indicou medidas como garantias do Banco de Fomento e o reforço e uma bonificação do 'plafond' de seguros de crédito, para “exportar, procurar novos mercados, diversificar mercados”, bem como um “reforço da intensificação e da agilização da utilização das linhas do Portugal 2030 para apoio à internacionalização”.

Para Luís Miguel Ribeiro há um alinhamento das preocupações das empresas com o Governo, indicando que o ministro garantiu que “isto seria uma prioridade e que seria tratado como tal, e que a palavra-chave naquilo que ia ser a atuação do Ministério da Economia seria ‘acelerar’”.

O Ministério da Economia vai reunir-se com associações empresariais de diversos setores entre hoje e quarta-feira para avaliar "o impacto e as medidas de mitigação" das tarifas que o Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou na quarta-feira, de 20% a produtos importados da União Europeia e que acrescem às de 25% sobre os setores automóvel, aço e alumínio.

As novas tarifas de Trump são uma tentativa de fazer crescer a indústria dos Estados Unidos, ao mesmo tempo que punem os países por aquilo que disse serem anos de práticas comerciais desleais.

As novas tarifas foram impostas pelos Estados Unidos sobre todas as importações, com sobretaxas para os países considerados particularmente hostis ao comércio.