“Portugal apresentou a sétima taxa de juro média mais baixa, ficando abaixo da média da área do euro”, refere o banco central, segundo o qual, em maio, “a taxa de juro média das novas operações de empréstimos à habitação do conjunto dos países da área do euro não se alterou (3,76%)”.
De acordo com os dados disponíveis no portal BPStat, a taxa de juro média dos novos empréstimos à habitação atingiu o máximo de 4,27% em setembro de 2023, tendo vindo a descer desde então. Em maio de 2023 situava-se nos 4,13%.
Nos novos contratos de crédito à habitação, a taxa de juro média diminuiu 0,02 pontos percentuais em cadeia, fixando-se nos 3,61% em maio, o que compara com 4,24% no mês homólogo de 2023.
Já nos contratos renegociados, a taxa de juro média aumentou 0,02 pontos percentuais em cadeia e 0,09 pontos percentuais em termos homólogos, para 4,06%.
Em maio, 76% dos novos empréstimos à habitação foram contratados a taxa mista (com taxa de juro fixa num período inicial do contrato, seguido de um período em que a taxa de juro é variável).
O BdP nota que “o aumento do peso das novas operações a taxa mista tem-se refletido na recomposição do ‘stock’ de crédito à habitação, em que os contratos a taxa mista já representam 24% do ‘stock’ de crédito à habitação em maio de 2024 (em dezembro de 2022 era 6,4%)”.
As amortizações antecipadas de crédito à habitação representaram 0,91% do ‘stock’ de empréstimos em maio, menos 0,02 pontos percentuais do que no mês anterior.
As amortizações antecipadas totais (que incluem os contratos finalizados por amortização da dívida do devedor, as consolidações de crédito em novo contrato e as transferências de crédito para outra instituição) corresponderam a 91% das amortizações antecipadas em maio.
Globalmente, as novas operações de empréstimos aos particulares (incluindo os contratos totalmente novos e os contratos renegociados) totalizaram 2.542 milhões de euros em maio, menos 53 milhões do que em abril.
O montante dos novos contratos de empréstimos a particulares aumentou 37 milhões de euros, fixando-se em 2.109 milhões de euros, tendo este incremento sido transversal às três finalidades.
Já as renegociações de crédito diminuíram 90 milhões de euros, totalizando 432 milhões de euros.
Segundo o BdP, “esta evolução deveu-se, em grande parte, às renegociações de crédito à habitação, que diminuíram pelo quarto mês consecutivo (-84 milhões de euros, para 395 milhões de euros)”.
Nos empréstimos ao consumo, a taxa média de novas operações passou de 9,63%, em abril para 9,55% em maio, uma redução de 0,08 pontos percentuais e “a primeira vez que esta taxa diminuiu em 2024”.
Nos empréstimos para outros fins, a taxa de juro média aumentou 0,11 pontos percentuais, para 5,01%.
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