O presidente da Federação Portuguesa do Táxi (FPT), Carlos Ramos, afirmou aos presentes na Praça dos Restauradores, em Lisboa, que “foi irritante” a forma como foram recebidos pelos sociais-democratas.
“A reunião que nós tivemos com o PSD não traz nada de novo, além daquilo que já sabíamos. O PSD mantém-se irredutível, o PSD está formatado com a lei”, considerou.
“A única coisa que o PSD nos comunicou é que exigiu a presença do ministro [do Ambiente] na Comissão Parlamentar. Quer ouvir primeiro o ministro, quer saber quais são as soluções que tem para a modernização do táxi”, acrescentou Carlos Ramos.
Esta informação já tinha sido prestada pelo deputado social-democrata Emídio Guerreiro no parlamento, no final da primeira reunião com os representantes do setor do táxi, na quarta-feira, primeiro dia de protesto.
O dirigente da FPT aproveitou para destacar que no Porto estão neste momento (19:00) 800 carros parados.
Questionado sobre a continuidade da manifestação, que está a decorrer em Lisboa, no Porto e em Faro, Florêncio Almeida, da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Veículos Ligeiros (ANTRAL), adiantou que os carros vão continuar na rua “por tempo indeterminado”.
“Isto vai continuar por tempo indeterminado. Até que haja uma solução a gente não vai arredar pé daqui”, reiterou o presidente da ANTRAL.
Após as declarações, foi entoado o hino nacional e, pouco depois, chegaram aos Restauradores 35 táxis do Seixal, distrito de Setúbal, que foram recebidos pelos colegas de profissão com palmas e com gritos de boas vindas.
Os taxistas em Lisboa, no Porto e em Faro cumprem hoje o terceiro dia de luta para travar a lei que regulamenta as plataformas eletrónicas de transporte de passageiros, como a Uber e a Cabify, que entra em vigor em 1 novembro.
Um dos principais ‘cavalos de batalha’ dos taxistas é o facto de, na nova regulamentação, as plataformas não estarem sujeitas a um regime de contingentes, ou seja, a existência de um número máximo de carros por município ou região, como acontece com os táxis.
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