Em declarações à agência Lusa, o presidente da Federação Portuguesa do Táxi, Carlos Ramos, referiu que em Lisboa estão “mais de 1.300 taxistas, um número superior ao de ontem [quarta-feira]”, num universo de 3.400 que operam na capital.
Segundo o responsável, também no Porto o número de táxis que aderiu ao protesto é superior ao de quarta-feira pela mesma hora: “Encontram-se por lá mais de 200 carros”, acrescentando que em Faro já se juntaram, na Estrada Nacional 125-10, 250 viaturas.
De acordo com Carlos Ramos, os táxis em Lisboa já se encontram no cruzamento da Avenida da República com a Avenida Elias Garcia.
As viaturas mantêm-se estacionadas na faixa ‘bus’, a maioria deles vazios, nos dois sentidos da Avenida da Liberdade. Os taxistas não puderam ocupar a rotunda do Marquês de Pombal, retomando o aparcamento no sentido descendente da Avenida Fontes Pereira de Melo.
Cerca de 30 horas após o início do protesto, os taxistas não pensam em desistir da luta, mesmo depois de o eixo central da Avenida da Liberdade, que estava cortado desde as 05:00 de quarta-feira, ter sido hoje reaberto às 07:30 pela PSP.
Em declarações à agência Lusa, Carlos Ramos considerou que a reabertura do eixo central da Avenida da Liberdade é uma provocação e uma alteração das condições que tinham ficado estabelecidas anteriormente.
Carlos Ramos pediu aos taxistas que tenham calma e que mantenham a postura que têm tido até agora.
Os taxistas manifestam-se contra a entrada em vigor, em 01 de novembro, da lei que regula as quatro plataformas eletrónicas de transporte que operam em Portugal (TVDE) – Uber, Taxify, Cabify e Chauffeur Privé -, diploma promulgado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em 31 de julho.
Na quarta-feira os representantes as duas entidades representativas dos táxis reuniram-se com os grupos parlamentares para travar a lei que regulamenta as TVDE, como a Uber e a Cabify, mas na falta de respostas positivas às reivindicações decidiram prolongar o protesto.
Os dirigentes da Federação Portuguesa do Táxi e da Associação Nacional de Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL) voltaram pelas 19:00 de quarta-feira aos Restauradores para apelar aos manifestantes para não desmobilizarem, uma vez que as reivindicações não tinham sido satisfeitas no parlamento.
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