Depois de um dia quente, com temperaturas próximas dos 40 graus centígrados, os taxistas do Algarve mostram-se dispostos a manter a luta ao lado dos colegas que se manifestam em simultâneo no Porto e em Lisboa, enquanto não for revista a nova legislação das plataformas eletrónicas de transporte, com entrada em vigor prevista para 01 de novembro.

“Ainda não há novidades que nos permitam fazer outra coisa, por isso vamos continuar aqui”, disse o presidente da Cooperativa Rotáxis Faro, Francisco José Pereira, que tem sido um dos porta-voz do grupo desde que o protesto se iniciou, na quarta-feira de manhã.

Questionado sobre se havia ânimo junto dos manifestantes passar mais uma noite no local, a mesma fonte respondeu que “sim” e disse que “o mais provável será passar não só esta, mas também a próxima” noite.

“Não estou a ver a política funcionar ao sábado e ao domingo, por isso o mais provável é continuarmos até segunda-feira e esperarmos que aí possa haver fumo branco”, acrescentou.

Na Estrada Nacional 125/10, perto da rotunda do aeroporto de Faro, a solidariedade entre a classe vai permitindo que uns vão revezando outros junto aos táxis, enquanto os colegas vão a casa tomar um banho e descansar.

Há também quem se desloque a supermercados ou a residências para aprovisionar quem permanece na zona do protesto, a seguir o apelo feito pelas entidades representativas do setor do táxi para manter a paralisação até segunda-feira, dia em que os representantes do setor são recebidos pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

A dupla fila de táxis está paralisada na Estrada Nacional 125/10 antes da rotunda do aeroporto de Faro, enquanto o trânsito regular em direção à infraestrutura aeroportuária ou a zona da praia de Faro circula por uma única faixa à direita, que habitualmente serve de acesso a residências e comércios existentes junto a essa via.

Os taxistas continuam hoje em protesto, com carros parados em Lisboa, Porto e Faro, pelo quarto dia consecutivo, e determinados a manter a luta até serem recebidos pelo Governo, segundo Florêncio Almeida, da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros de Passageiros (ANTRAL).

Em causa está a entrada em vigor, em 01 de novembro, da lei que regula as quatro plataformas eletrónicas de transporte que operam em Portugal – Uber, Taxify, Cabify e Chauffeur Privé -, legislação promulgada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em 31 de julho.

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