Em declarações à agência Lusa, José Monteiro, dirigente da ANTRAL - Associação Nacional de Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros, disse que há cerca de dois mil taxistas a operar nos dois distritos, 1.500 dos quais no do Porto, mas escusou-se a avançar uma estimativa de presenças no protesto marcado para a avenida dos Aliados.
José Monteiro disse também que a ANTRAL deu instruções aos seus associados para se alhearem de “provocações” durante a concentração.
“As instruções que temos dado é para manterem a calma, manifestarem-se com civismo e não responderem a provocações”, disse.
Acrescentou que não se preveem buzinões ou marchas lentas.
“Os taxistas ficam lá acomodados, parados, não trabalham”, declarou.
O dirigente associativo contou que a ANTRAL e outros representantes dos taxistas reuniram-se com a PSP e a Polícia Municipal do Porto, tendo acertado a fixação de corredores de emergência na avenida dos Aliados e o desimpedimento dos cruzamentos para evitar congestionamentos nas vias transversais.
Segundo José Monteiro, na reunião ficou acertado que serão as polícias a determinar os locais onde aparcarão os taxistas em protesto.
Também contactada pela agência Lusa, fonte da PSP do Porto admitiu apenas cortes momentâneos de trânsito e um ou outro congestionamento durante a concentração.
Com estes protestos, que também se fazem em Lisboa e em Faro, os taxistas pretendem impedir que a lei que regula as plataformas eletrónicas de transporte como a Uber ou a Cabify entre em vigor.
Este será o quarto grande protesto contra as quatro plataformas que agregam motoristas em carros descaracterizados e que viram a lei de regulamentação da sua atividade ser aprovada, depois de muita discussão pública e no parlamento, em 12 de julho.
A legislação foi promulgada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em 31 de agosto.
A entrada em vigor acontece em 01 de novembro, mas o setor do táxi marcou a manifestação precisamente com a intenção de que esta não venha a ser aplicada.
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