1. Relatório anual revela mais um ano desastroso para o Ártico
Nesta terça-feira, a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional divulgou o “2020 Arctic Report Card”. O diagnóstico veio confirmar que o Ártico continua a transformar-se numa região mais quente e menos congelada a um ritmo alarmante.
Este aquecimento persistente, acelera e está a afetar as comunidades e os ecossistemas locais, bem como o resto do sistema climático global. O relatório constata que a temperatura média anual do ar do Ártico em 2020 foi a segunda mais alta desde que os registos começaram em 1900. Nos últimos seis anos, as temperaturas árticas ultrapassaram os recordes anteriores.
Quanto mais a temperatura aumenta, maiores são as consequências ambientais a nível mundial. Para o cientista climático da universidade Alaska Fairbanks, Rick Thoman, um dos três principais autores do relatório, o calor extremo prolongado no norte da Sibéria na primavera e no verão foi um dos eventos de destaque num ano de extremos árticos. O calor desencadeou uma cascata de impactos, com perda precoce do gelo marinho e derretimento precoce da neve, que “preparou o terreno para uma grande temporada de incêndios florestais”, disse Thoman.
Para ler na íntegra em Inside Climate News
2. Empresas que assinaram carta de ação climática estão a apoiar candidatos republicanos anti-clima
Mais de 40 empresas assinaram uma carta pública que pede ao governo de Biden que trabalhe com o Congresso para promulgar políticas climáticas agressivas.
Mas, de acordo com os jornalistas Emily Atkin e Judd Legum, pelo menos seis dessas empresas – Microsoft, Bank of America, General Motors, Goldman Sachs, Ford e Dominion Energy – fizeram doações consideráveis a candidatos republicanos no segundo turno do Senado da Georgia, cujas vitórias colocariam em risco as esperanças de uma legislação climática significativa.
Para ler na íntegra em Heated
3. Futuro dos solos ao redor do mundo parece “sombrio”, adverte relatório da ONU
O solo é a fonte de todos os nutrientes para a nossa alimentação e, por armazenar tanto carbono quanto as plantas, também é fundamental para enfrentar a crise climática. No entanto, a agricultura intensiva, a destruição da floresta, a poluição e o aquecimento global estão a acelerar a degradação do solo.
Num relatório das Nações Unidas o solo foi descrito como “a pele do mundo vivo, essencial, mas frágil, e facilmente danificada”. De acordo com os cientistas, são necessários planos urgentes para proteger os solos da Terra, uma vez que o processo de formação de solos leva milhares de anos.
Para ler na íntegra em The Guardian
4. Como Biden pode garantir que todas as agências federais estão a lutar contra a mudança climática
Para que Joe Biden cumpra as suas promessas climáticas, será necessário mais do que apenas restabelecer as regulamentações que foram desreguladas durante o governo de Trump. É preciso que cada agência governamental faça do clima uma prioridade.
“Tal como numa competição de remo, a corrida para enfrentar as mudanças climáticas só pode ser ganha se todos estiverem a remar na mesma direção”, referem os jornalistas Brian Kahn e Dharna Noor numa reportagem do Earther. Para perceber qual deve ser a abordagem correta de todo o governo, entrevistaram dezenas de especialistas e ativistas climáticos.
Para ler na íntegra em Earther
Por cá: Portugal desenvolve “mercados voluntários de carbono” para diminuir emissões de CO2
Portugal vai desenvolver “mercados locais voluntários de carbono” que visam incentivar os cidadãos, empresas e autarquias a diminuírem as emissões de dióxido de carbono (CO2), sendo Matosinhos o primeiro município a implementar um projeto-piloto.
A cada decisão que reduza as emissões são criados “créditos de carbono”, que podem ser comprados pelas empresas que ambicionam caminhar para a neutralidade carbónica. A compra vai originar uma receita que pode ser utilizada pelos municípios em atividades que também promovam uma economia verde, descarbonizada e circular, sendo todas estas transações registadas na plataforma tecnológica AYR, que quantifica e valoriza as emissões de carbono evitadas com a sua utilização.
“Acima de tudo, consegue-se atribuir um valor financeiro às emissões evitadas pelo comportamento dos cidadãos, valor esse que será reinvestido na região em atividades relacionadas com economia verde”, disse o presidente do CEiiA, José Rui Felizardo.
Este projeto irá contribuir para que Portugal possa atingir a neutralidade carbónica em 2050, estando alinhado com as ambições do Pacto Ecológico da União Europeia.
“O ambiente deixou de ser o pano de fundo das preocupações, a face minimizadora dos demandos do crescimento para passar a ser o eixo nuclear desse mesmo crescimento”, afirmou o ministro do Ambiente, Matos Fernandes.
O desenvolvimento deste projeto é fruto de um protocolo entre o CeiiA - Centro de Engenharia e Desenvolvimento, em Matosinhos, Porto, e o Ministério do Ambiente e da Ação Climática, assinado nesta quarta-feira.
Edição e seleção por Larissa Silva
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