O temporal afetou os distritos de Chimoio e Gondola, na província de Manica.

Uma mulher foi atingida por um raio quando se encontrava a lavrar na sua ‘machamba’ (horta) num subúrbio de Chimoio, após ventos fortes, acompanhados de trovoada e granizo terem fustigado a cidade.

Outra mulher e a neta ficaram soterradas após o desabamento de um muro de vedação da pista de motocross no bairro Tembwe (Piloto), nos arredores de Chimoio.

A idosa e a neta tinham-se abrigado junto ao muro para fugir da chuva.

Uma quarta vítima, que tinha sobrevivido ao desabamento do mesmo muro, morreu na tarde de hoje no Hospital Provincial de Chimoio, para onde foi transportada, disse à Lusa fonte médica.

Já em Amatongas, uma criança morreu depois de atingida pela parede da residência de uma construção precária, onde se encontrava a descansar.

“Queremos solidarizar-nos com as vítimas e dar o nosso sentimento de pesar àqueles que perderam os seus parentes por causa deste vendaval”, disse hoje Francisca Tomás, governadora da província de Manica, ao anunciar os danos do temporal.

A Lusa constatou, numa ronda pelos bairros de Chimoio, várias casas e locais de culto religioso sem teto ou com paredes tombadas, além de vários muros de vedação destruídos.

Várias árvores, sobretudo fruteiras, e postes de energia caíram também durante a passagem do temporal, que durou cerca de meia hora.

“Há um trabalho que está a ser feito pelos governos locais para, no terreno, verificarem os estragos causados pelo vendaval”, explicou Francisca Tomás aos jornalistas, assegurando que já foram mobilizados lonas e alimentos para assistir as vítimas.

Este é o primeiro temporal que atinge a província de Manica nesta época chuvosa que se estende de outubro a março.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inam) de Moçambique prevê que o pico de ocorrência de chuvas seja atingido antes do final do ano, ou seja, mais cedo que o habitual.