“Os Estados Unidos apelam a todos os países e a todas as partes para que respeitem a soberania do Líbano, a sua independência e o seu mecanismo constitucional”, declarou a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, num comunicado.

O primeiro-ministro libanês, classificado hoje de “parceiro sólido dos Estados Unidos” pela Casa Branca, denunciou a preparação de um atentado contra a sua vida e acusou o movimento xiita libanês Hezbollah, membro do seu próprio Governo, mas próximo do Irão, de impor a sua política através das armas.

Hariri anunciou a demissão quando se encontrava de visita à Arábia Saudita e ainda não regressou ao país. Numerosos observadores pensam que a decisão foi ditada por Riade (sunita), rival regional do Irão (xiita).

O presidente libanês, Michel Aoun, apelou hoje para que a Arábia Saudita “esclareça as razões que impedem o regresso de Hariri ao Líbano”.

Na sexta-feira, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, acusou Riade de ter “detido” Hariri, que tem dupla nacionalidade saudita e libanesa.

A renúncia de Saad Hariri faz recear que o Líbano, país de frágeis equilíbrios entre as suas diversas comunidades, caia de novo na violência. O país foi devastado por uma guerra civil entre 1975 e 1990 e por um conflito com o vizinho israelita em 2006.