1. Estudo descobre correlação entre secas e fim de impérios a.C.

Uma perspectiva fascinante, embora inquietante, mostra como as condições climáticas podem mudar drasticamente, mesmo sem a pressão adicional das mudanças climáticas provocadas pelo homem.

Planeta A

Uma volta ao mundo centrada nos temas que marcam.

Todas as semanas, selecionamos os principais trabalhos associados à rede Covering Climate Now, que o SAPO24 integra desde 2019, e que une centenas de órgãos de comunicação social comprometidos em trazer mais e melhor jornalismo sobre aquele que se configura como um tema determinante não apenas no presente, mas para o futuro de todos nós: as alterações climáticas ou, colocando de outra forma, a emergência climática.

A sobreposição entre uma seca histórica por volta de 2200 a.C. e o colapso do Império Acádio não foi mera coincidência, de acordo com Weiss, arqueólogo da Universidade de Yale. Em 2150 a.C., o império já não existia devido a um êxodo da população e consequente desintegração das autoridades.

Este exemplo tornou-se um aviso sombrio de quão vulneráveis as sociedades complexas podem ser às mudanças climáticas, tanto no passado, como no presente e no futuro. 

Para ler na íntegra em Nature

Waves break on the jetty in Ploemeur, western France, November 29, 2018. (Photo by Fred TANNEAU / AFP)
Waves break on the jetty in Ploemeur, western France, November 29, 2018. (Photo by Fred TANNEAU / AFP) créditos: AFP or licensors

2. A temperatura nos oceanos continua a subir

Sem o oceano, as mudanças climáticas em terra seriam ainda mais catastróficas — os mares absorvem mais de 90% do excesso do calor das emissões de gases de efeito de estufa. 

Mas há consequências: o oceano está a aquecer rapidamente. Tal como temos ondas de calor em terra, o mesmo ocorre em partes do oceano. 

Um novo estudo revela que mais de metade dos oceanos registam agora temperaturas bastantes altas, que antes eram consideradas extremas – ultrapassando recordes históricos: 57% em 2019, mais especificamente. Em 150 anos, a ocorrência de calor extremo tornou-se o novo normal, ameaçando inúmeras espécies, meios de subsistência e o ar que respiramos. 

Para ler na íntegra em WIRED 

PMQs at House of Commons
PMQs at House of Commons créditos: Lusa

3. Os 11 slides que finalmente convenceram Boris Johnson sobre o aquecimento global

No ano passado, na véspera do Reino Unido receber a COP26 em Glasgow, Johnson descreveu o combate às mudanças climáticas como a “prioridade internacional número um” do país. Também publicou um plano para alcançar a neutralidade carbónica e disse a outros países na Assembleia Geral da ONU para “crescerem” quando se trata de aquecimento global.

Contudo, apenas alguns anos antes, o primeiro-ministro do Reino Unido questionava publicamente a ciência climática. Por exemplo, num artigo do Daily Telegraph, publicado em 2015, afirmou que o calor invulgar do inverno não tinha “nada a ver com o aquecimento global” e, em 2013, disse que tinha a "mente aberta" à ideia de que a Terra caminhava para uma mini era glacial.

O que é que o fez mudar de ideia? Um briefing científico, que o fez reconhecer que o aquecimento global causado pelo homem é “muito difícil de contestar”. O relatório foi tornado público, após um pedido de liberdade de informação.

Para ler na íntegra em CarbonBrief

Um trabalhador passa por uma pilha de
Um trabalhador passa por uma pilha de créditos: Lusa

4. EUA oferecem mil milhões de euros para estados impedirem a libertação de metano

O governo de Biden anunciou que enviará cerca de mil milhões de euros a 26 estados para taparem milhares de poços de petróleo e gás abandonados que têm libertado metano, um dos gases de estufa mais potentes.

Para ler na íntegra em The Washington Post

Por cá: Seca. Governo restringe uso de barragens para eletricidade e rega

O Governo restringiu o uso de várias barragens para produção de eletricidade e para rega agrícola devido à seca em Portugal continental, revelou o ministro do Ambiente e Ação Climática.

Para fevereiro não há expectativa de que chova o suficiente para inverter a situação de seca meteorológica, mas março ou abril poderão trazer alguma mudança, embora não seja possível prever a esta distância.

Para já, há quatro barragens cuja água só será usada para produzir eletricidade cerca de duas horas por semana, garantindo "valores mínimos para a manutenção do sistema: Alto Lindoso e Touvedo, no distrito de Viana do Castelo, Cabril (Castelo Branco) e Castelo de Bode (Santarém).

A água da barragem de Bravura, no Barlavento algarvio, deixou de poder ser usada para rega.

Para estas cinco, foi adotada uma cota mínima a manter destinada a garantir o abastecimento de água para consumo humano durante dois anos.

Para ler na íntegra em SAPO24