A Tesla foi condenada por um tribunal federal da Califórnia a pagar cerca de 137 milhões de dólares em indemnizações a um antigo empregado negro que alega ter sofrido abusos raciais enquanto trabalhava numa fábrica em Fremont, conta o The Guardian.

Owen Diaz, um antigo operador de elevador que trabalhou na fábrica entre 2015 e 2016, referiu que enfrentou "epítetos raciais diários", tendo também denunciado que os empregados desenhavam cruzes suásticas e desenhos racistas à volta do local de trabalho.

"Foram precisos quatro longos anos para chegar a este ponto", disse Diaz ao The New York Times. "É como se um grande peso me tivesse sido tirado dos ombros".

Segundo referido no processo judicial, os supervisores não conseguiram deter o abuso racial na fábrica. "A imagem progressiva da Tesla foi uma fachada sobre o seu tratamento regressivo e humilhante dos empregados afro-americanos", pode ler-se.

Após a condenação, não ficou ainda claro se Tesla vai recorrer, tendo a empresa apenas emitido uma declaração em que tentava minimizar o caso.

"Embora acreditemos firmemente que estes factos não justificam o veredicto a que chegou o júri em São Francisco, reconhecemos que em 2015 e 2016 não fomos perfeitos. Ainda não somos perfeitos", disse Valerie Capers Workman, vice-presidente de recursos humanos da Tesla.

"Mas percorremos um longo caminho desde há cinco anos. Continuamos a crescer e a melhorar na forma como abordamos as preocupações dos trabalhadores. Ocasionalmente, enganamo-nos, e, quando isso acontece, devemos ser responsabilizados", acrescentou.

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