"As deportações vão começar", "Os distúrbios continuam" e "Os soldados americanos rejeitam a ordem de executar as famílias dos membros do EI" são algumas das manchetes desta primeira página fictícia, que pretende projectar como seria o quotidiano se Donald Trump ocupasse a Casa Branca. O magnata continua à frente nas primárias republicanas para a nomeação a candidato oficial do partido às eleições presidenciais, embora o seu adversário Ted Cruz tenha conquistado várias vitórias recentemente.
Nos artigos satíricos, Donald Trump compromete-se a expulsar 11,3 milhões de imigrantes clandestinos em dois anos. Outro artigo aborda as consequências da imposição de taxas alfandegárias de até 45% para os produtos importados da China e de 35% para alguns produtos procedentes do México. Há ainda um texto sobre a crise diplomática com a China provocada pela decisão de Trump dar ao seu cão o nome da primeira-dama chinesa, Peng Liyuan. "Não sei por que se ofende tanto, gosto dos cachorros fofos e gosto das mulheres. Não é como se tivesse tweetado uma foto com um Rottweiler chamado Merkel ", fantasia o prestigiado jornal.
No cenário imaginado pelo The Boston Globe, os mercados reagiam muito mal a estes anúncios, o que fez com que o índice Dow Jones da Bolsa de Nova Iorque perdesse um terço do seu valor em três semanas. A falsa primeira página é acompanhada de um editorial com o título "O Partido Republicano deve parar Trump", cuja visão do futuro dos Estados Unidos considera "profundamente perturbadora" e contrária aos valores essenciais da nação. Esta visão "precisa de uma oposição activa e comprometida", explica o editorial. Os republicanos "devem reagir da maneira mais sensata: colocar todos os obstáculos legítimos possíveis no caminho de Trump", pede o jornal, que convoca este partido político a "não se conformar com um candidato tão radical quanto Trump - e talvez mais perigoso - elegendo Ted Cruz".
O jornal pede que os líderes republicanos elejam outra alternativa, como o presidente da Câmara de Representantes, Paul Ryan, ou o ex-governador de Massachusetts Mitt Romney.
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