“Sobre o decreto que o presidente [norte-americano, Donald] Trump apresentou, este governo pensa ser claro que essa política é errada”, disse May aos deputados britânicos, em resposta ao líder da oposição trabalhista, Jeremy Corbyn.

“Pensamos que é fraturante e errada”, acrescentou.

O decreto assinado na sexta-feira por Trump proíbe a entrada de refugiados por 120 dias e suspende a emissão de vistos por 90 dias aos cidadãos de sete países de maioria muçulmana: Iémen, Irão, Iraque, Líbia, Síria, Somália e Sudão.

Theresa May fez questão de sublinhar que não soube da intenção de Trump antes do anúncio oficial, feito no mesmo dia em que a primeira-ministra britânica foi recebida na Casa Branca.

“Se [Corbyn] me pergunta se tive conhecimento prévio da proibição de refugiados, a resposta é não. Se me pergunta se tive conhecimento prévio de que o decreto podia afetar cidadãos britânicos, a resposta é não”.

A proibição suscitou críticas em todo o mundo, incluindo das Nações Unidas, União Europeia e vários países aliados, mas, no sábado, Theresa May não criticou a medida, quando foi questionada, por três vezes, durante uma visita à Turquia, afirmando tratar-se de uma questão interna.

Horas mais tarde, a primeira-ministra afirmou não concordar com a medida, ao saber-se que afeta cidadãos britânicos com dupla nacionalidade, britânica e de um dos países visados.