“Não pensamos que seja necessário um segundo referendo. Já houve um. Foi claro, decisivo, legal e ambos os lados acordaram aceitar os resultados”, disse a porta-voz à imprensa, referindo-se à votação de 2014 em que 55% votaram a favor da manutenção da Escócia no Reino Unido.
A porta-voz respondia a perguntas sobre notícias segundo as quais o governo britânico preparou um plano de contingência para o caso de a chefe do governo escocês, Nicola Sturgeon, convocar um novo referendo.
Segundo o diário escocês The Courier, Londres admite a possibilidade de Sturgeon anunciar no congresso do seu partido, o Partido Nacionalista Escocês (SNP), em março, a realização de um segundo referendo em agosto de 2018.
O jornal acrescenta, citando fontes de Downing Street, que decorrem “discussões para um plano B” entre a equipa de Theresa May, o departamento do governo para a Escócia e a líder dos conservadores escoceses, Ruth Davidson.
Segundo uma sondagem do instituto BMG realizada junto de 1.067 eleitores escoceses, o apoio à independência da Escócia, excluindo os indecisos, aumentou três pontos percentuais desde dezembro, com 49% de apoio, embora 51% continuem a dizer-se contrários.
Para 56% dos inquiridos, contudo, um referendo só deve realizar-se após a conclusão das negociações do ‘Brexit’, o que não deve ocorrer antes de meados de 2019.
Desde o referendo de 23 de junho em que foi aprovada a saída do Reino Unido da União Europeia que a primeira-ministra escocesa refere a eventualidade de um segundo referendo sobre a independência.
Em janeiro, quando Theresa May anunciou as principais linhas para a negociação do “divórcio” com a UE, entre as quais a saída do mercado único, Nicola Sturgeon afirmou que uma segunda consulta era “mais provável” que nunca.
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