“Notei que houve informações de que a União Europeia (UE) não estaria disponível para esclarecimentos adicionais. Para a UE, tal como para mim, é claro que se vamos sair com um acordo será com este. No entanto, as conversas que mantive hoje com os meus parceiros europeus mostram que esclarecimentos adicionais são possíveis”, declarou.

Theresa May, que falava em conferência de imprensa em Bruxelas após a conclusão do Conselho Europeu, prosseguiu referindo que nos próximos dias debaterá com os líderes europeus e com as instituições europeias como obter “as garantias adicionais de que o parlamento britânico precisa para aprovar o acordo” de saída do Reino Unido da UE.

Embora espere mais dos seus parceiros europeus, a chefe do Governo britânico desmistificou a ideia de que as conclusões do Conselho Europeu, dedicado ao Artigo 50, publicadas na quinta-feira à noite, não tenham constituído um passo em frente nas garantias que clamava quanto à questão do mecanismo de salvaguarda para a fronteira irlandesa.

“Os 27 publicaram um conjunto de conclusões nos quais deixam clara a sua firme determinação em trabalhar numa relação futura ou em medidas alternativas para que o ‘backstop’ não tenha de ser ativado. Todavia, se fosse necessário ativá-lo, aquele seria aplicado apenas temporariamente, e a UE envidaria os melhores esforços para negociar e concluir expeditamente um acordo futuro que substitua o ‘backstop’”, destacou.

May recordou que as conclusões formais do Conselho Europeu têm um cariz vinculativo, pelo são “bem-vindas”, e estimou que é do interesse de ambas as partes que o impasse quanto à aprovação do acordo pelo parlamento britânico se resolva “o quanto antes”.

Na passada segunda-feira, Theresa May decidiu adiar a votação do acordo do ‘Brexit’ no parlamento britânico, por admitir que o mesmo seria rejeitado por “larga margem”, tendo-se deslocado a Bruxelas na terça-feira para discutir com os líderes europeus formas de obter “garantias adicionais” sobre os termos do mecanismo de salvaguarda previsto para evitar o regresso de uma fronteira na ilha da Irlanda, o tema mais difícil das negociações e que originou as maiores divergências.

Nas conclusões publicadas esta noite, os 27 não cederam ‘um milímetro’ na sua determinação de não reabrir a negociação dos termos do acordo de saída, limitando-se a repetir o que já constava no texto endossado pelos chefes de Estado e de Governo dos 27 em 25 de novembro.

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