“Queremos discutir a posição da NATO aqui na Europa, em particular na Europa de leste, em resposta à agressão da Rússia na Ucrânia e noutros locais”, afirmou o chefe da diplomacia norte-americana.
A declaração, que aparentemente vai ao arrepio da política de aproximação do novo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, marca o início da primeira reunião de Tillerson com os 27 aliados.
Durante a Administração do Presidente Barack Obama, Washington condenou e sancionou as agressões russas na Ucrânia desde 2014, nomeadamente a anexação da Crimeia e o apoio militar russo aos rebeldes separatistas no leste do país.
As afirmações de Tillerson — visto como um próximo de Putin, graças a ligações desenvolvidas quando foi presidente executivo da ExxonMobil – à chegada a Bruxelas demonstram aparentemente que Washington continua a denunciar “a agressão da Rússia na Ucrânia” e “noutros locais”.
Os 28 ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO devem discutir hoje na sede da Aliança Atlântica em Bruxelas o financiamento da organização de defesa, em particular, a “partilha do fardo” que a nova Administração norte-americana considera desajustada face ao esforço dos Estados Unidos no patrocínio da defesa europeia.
Se é esperado que Tillerson venha exigir à Europa que “meta a mão no bolso”, de acordo com diplomatas norte-americanos à agência France-Presse, o discreto secretário de Estado apenas disse à chegada que “é preciso que a NATO tenha todos os recursos financeiros e outros necessários para cumprir a sua missão”.
Rex Tillerson deverá regressar a Washington esta tarde.
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