Durante a conferência de imprensa a Polícia neerlandesa avançou que resultaram deste tiroteio duas vítimas mortais, tendo o número de mortos subido para três, até ao momento. Continuando sem avançar um número de feridos. A agência internacional Reuters  tinha mais cedo dito que incêndios começaram em ambos os locais do crime. As autoridades não divulgaram o número exato de mortos imediatamente após o ataque, afirmando que querem primeiro informar as respetivas famílias, mas antes tinham referido a existência de três feridos graves.

Segundo a britânica BBC, o primeiro local do crime terá sido a casa onde duas pessoas ficaram feridas e, posteriormente o suspeito avançou para o Hospital Universitário.

Entre as vítimas mortais encontra-se uma mulher de 39 anos e um professor da Universidade Erasmus, de 42 anos. A filha da vítima feminina tem 14 anos e encontra-se gravemente ferida.

Na conferência de imprensa após o tiroteio Hugo Hillenaar, Procurador Geral neerlandês, acrescentou que o "suspeito era conhecido das forças policiais e em 2021 tinha sido condenado por abuso animal".

A polícia local pediu à população que não se aproxime do Centro Médico Erasmus, onde aconteceu o segundo tiroteio. O The Guardian avança que o suspeito estava vestido com um camuflado militar. A agência Lusa acrescenta que carregava uma mochila, e empunhava uma arma de fogo.

Nas primeiras informações reveladas, após o tiroteio, a polícia neerlandesa suspeitava haver um segundo atirador, contudo mais tarde afastou essa hipótese.

O motivo que levou este aluno a atacar a própria Universidade e colegas continua por se saber.

"Este é um dia muito negro", comentou o Ministro da Justiça e Segurança, Dilan Yesilgöz, em Bruxelas.

Pelas 14:25 locais (13:25 de Lisboa), a polícia recebeu informação sobre um tiroteio numa das salas do centro médico da Universidade Erasmus, no sul da cidade, e num apartamento situado a aproximadamente 1,5 quilómetros de distância.

Depois dos tiroteios, registaram-se dois incêndios, que se crê terem sido ateados pelo autor dos disparos: um na casa, onde duas pessoas ficaram feridas, e outro no centro médico universitário, que causou ferimentos num professor.

O ministro da Saúde cessante, Ernst Kuipers, disse estar a acompanhar de perto a situação e expressou empatia com as vítimas. Antes de assumir o cargo de ministro, em 2021, Kuipers foi presidente do conselho de administração do Hospital de Roterdão.

As equipas policiais realizaram buscas no centro médico universitário, que foi evacuado, e instaram os cidadãos a evitar deslocar-se lá, indicando que o incêndio se encontra já controlado.

Imagens divulgadas na comunicação social mostravam uma coreografia de helicópteros, bem como atiradores de elite instalados em telhados próximos.

Ahmed Aboutaleb, Presidente da Câmara de Roterdão, acrescentou "temos estado em choque por este horrível incidente. Tiroteios em dois sítios diferentes da cidade. Muitas pessoas testemunharam-nos. As emoções na cidade estão altas. Os meus sentimentos às famílias das vítimas". "Estou triste e revoltado", disse à imprensa o presidente da Câmara de Roterdão, Ahmed Abutaleb, descrevendo o dia de hoje como um "dia negro" para a sua cidade.

Também o primeiro-ministro neerlandês, Mark Rutte, expressou "grande consternação".

"Os meus pensamentos estão com as vítimas deste atentado, com os seus entes queridos e com todos aqueles que tiveram um medo imenso", escreveu na rede social X (antigo Twitter).

O rei Willem-Alexander e a rainha Maxima disseram estar "de coração" com as pessoas que estão a sofrer uma "dor intensa".

Roterdão é palco frequente de ataques com armas de fogo, geralmente atribuídos a ajustes de contas entre 'gangs' de droga rivais.

Em 2019, três pessoas foram abatidas a tiro num elétrico em Utreque, o que originou uma grande caça ao homem.

Em 2011, o país ficou em choque quando Tristan van der Lis, de 24 anos, matou seis pessoas e feriu mais dez num centro comercial cheio de gente.

(atualizado às 20h44)

*com Lusa