A Coreia do Norte enviou milhares de soldados para apoiar o exército russo, alguns deles mobilizados na região fronteiriça de Kursk, parcialmente tomada pela Ucrânia durante uma ofensiva há alguns meses.

"Em dezembro, eles entraram em combate, durante o qual aconteceram pelo menos 100 mortes", disse o deputado Lee Seong-kweun. "O Serviço Nacional de Inteligência também informou que o número de feridos é calculado em quase mil", acrescentou.

Lee declarou que há indícios de que as tropas norte-coreanas sofreram várias baixas, incluindo oficiais de alta patente, em "ataques ucranianos com mísseis e drones e acidentes durante o treino".

O Serviço de Inteligência de Seul atribui o número elevado de mortes a um "ambiente de combate desconhecido, onde as forças norte-coreanas estão a ser usadas como unidades de ataque descartáveis na linha de frente", disse Lee.

O deputado também afirmou que "surgiram reclamações entre os militares russos de que as tropas norte-coreanas, pela sua falta de conhecimento sobre drones, são mais um fardo do que uma vantagem".

A agência de inteligência também está "a observar de perto a possibilidade de um envio maior de tropas norte-coreanas e prevê que a Rússia oferecerá um benefício recíproco, como a modernização das armas convencionais da Coreia do Norte", disse o deputado.

Na terça-feira, um oficial do exército dos Estados Unidos afirmou que as tropas norte-coreanas acumulavam "centenas" de mortos e feridos em combates contra o exército ucraniano na região de Kursk.

Coreia do Norte e Rússia reforçaram as suas relações militares desde o início da invasão das tropas de Moscovo no território da Ucrânia, em fevereiro de 2022. Há alguns meses, os dois países assinaram um pacto de defesa mútua que entrou em vigor em dezembro.