"Toda a vida é sagrada. Promovamos uma cultura de vida como resposta à lógica de deitar fora e face ao declínio demográfico", afirmou o Papa, citado pela agência de notícias francesa AFP, num discurso a propósito do "dia internacional da vida consagrada".

Durante a sua oração semanal do Angelus, na Praça de São Pedro, na cidade do Vaticano, Francisco apelou aos fiéis para se juntarem a ele numa oração "pelas crianças ameaçadas pela interrupção da gravidez e também pelos doentes terminais".

Desde que foi eleito, o Papa tem expressado a sua preocupação com o declínio demográfico na Europa, em particular em Itália, que a Igreja Católica acredita ser em parte impulsionado pelo aborto, uma prática que Francisco, tal como os seus antecessores, critica contundentemente.

Mesmo assim, no ano passado, Francisco concedeu aos sacerdotes o direito de perdoar permanentemente o aborto, estendendo uma medida temporária posta em prática durante o jubileu do Vaticano, "Ano da Misericórdia", que terminou em novembro último.

A Igreja Católica considera o aborto como um pecado, sendo o perdão sacerdotal aplicável não só às mulheres que têm abortos, mas também a todos os que os realizam ou neles estão envolvidos de alguma forma.