A polícia à procura de outros dois cúmplices, que conseguiram fugir depois do roubo.

Segundo uma primeira estimativa, os ladrões levaram joias e relógios de luxo avaliados em mais de 4 milhões de euros.

No início da noite de quarta, cinco homens encapuzados invadiram o luxuoso hotel situado na Praça Vendôme, no coração da capital francesa. Três entraram pela porta dos fundos e, armados com machados, quebraram as vitrinas da galeria comercial do hotel que abriga várias lojas de luxo, enquanto que os cúmplices esperavam do lado de fora.

Os ladrões tentaram fugir pelas traseiras do hotel, mas as portas estavam bloqueadas. Sem alternativa, passaram as mochilas com o fruto do roubo aos colegas do lado de fora através de uma janela.

Os dois conseguiram fugir, um de carro e o outro de mota. O que estava na mota deixou cair uma bolsa cheia de joias, depois de atropelar um transeunte.

O carro foi encontrado pelas autoridades no norte da capital francesa, mas para já não se conhece o paradeiro dos dois ladrões.

Os outros três foram detidos por polícias que patrulhavam o bairro. São três homens de cerca de 30 anos, segundo a polícia, e com antecedentes de roubo à mão armada e de delitos violentos.

créditos: AFP PHOTO / Lionel BONAVENTURE

Onda de roubos

O ministro do Interior francês Gérard Collomb e o chefe da polícia Michel Delpuech parabenizaram pelo Twitter os polícias que conseguiram prender os ladrões.

Mas este roubo, cometido num dos bairros mais turísticos da capital francesa, é um novo golpe para a imagem de Paris, depois de uma onda de crimes que foram manchete nos jornais do mundo todo, como o assalto sofrido, em 2016, pela estrela norte-americana Kim Kardashian.

A segurança foi reforçada em 2014 neste luxuoso bairro parisiense depois de vários roubos em algumas das joalharias situadas na praça, onde também se encontra o ministério da Justiça.

A Procuradoria de Paris abriu uma investigação por roubo com arma e formação de quadrilha, da qual ficará encarregada a Brigada de Repressão à Delinquência (BRB) da polícia parisiense.

Propriedade desde 1979 do magnata egípcio Mohammed Al-Fayed, o Ritz reabriu as suas portas em junho de 2016, depois de quatro anos de obras.

O palacete inaugurado em 1898 conta com 142 quartos e suítes de luxo e já hospedou inúmeras personalidades, como a princesa Diana, sendo o último lugar em que esteve antes de sofrer o fatal acidente.