"Eventualmente há uma ou outra situação pontual, mas casos muito pontuais; 99,9% dos professores estão nas nossas escolas, com os alunos e os jovens a começarem um importante processo, um novo ano letivo", sublinhou o governante.

Tiago Brandão Rodrigues falava aos jornalistas depois de, acompanhado pelo primeiro-ministro, ter estado numa escola básica no Cacém, concelho de Sintra, no dia de arranque do ano letivo.

Pelo "segundo ano consecutivo", enalteceu o ministro, a "totalidade dos professores" está nas escolas, "algo que não se via há muito tempo".

Sobre os concursos de professores, Brandão Rodrigues reconheceu o "sistema complexo", principalmente num ano em que houve também vinculação extraordinária de 3.500 docentes, mas valorizou o trabalho com os sindicatos.

"Temos trabalhado com as organizações sindicais, temos estado sistematicamente e periodicamente reunidos com os sindicatos, e assim continuaremos para melhorar este processo de colocação de professores", disse.

Hoje, o PSD exigiu ao Ministério da Educação "a listagem integral, nominal e discriminada por autarquia e tipo de situação" das escolas do 1.º ciclo encerradas em 2017, defendendo que este deve ser um processo "transparente e público", num dia em que o jornal Público noticia que o gabinete de Brandão Rodrigues não divulga o número de escolas básicas do 1.º ciclo que não reabrem neste ano letivo.

"Por iniciativa do Ministério da Educação este ano não foi encerrada nenhuma escola do 1.º ciclo do ensino básico", declarou o ministro da Educação, reconhecendo, contudo, que haverá encerramentos em casos onde autarquias locais tenham demonstrado esse intuito, até por haver contratualizações referentes à abertura de centros escolares.

António Costa - que não falou aos jornalistas - e Tiago Brandão Rodrigues aproveitaram para distribuir alguns livros nalgumas salas de aula, questionando os alunos, por exemplo, sobre que profissão querem ter no futuro ou as suas disciplinas preferidas.

O ano letivo arranca hoje oficialmente para milhares de alunos, com os professores a contestarem as regras do concurso de mobilidade interna deste ano, que não permitiram concorrer a horários incompletos, e mais funcionários nas escolas prometidos pelo Governo.

Entre hoje e 13 de setembro milhares de alunos regressam às escolas para o arranque das aulas.

O início do ano letivo está a ficar marcado por queixas dos professores dos quadros relativas ao concurso de mobilidade interna que, este ano, ao contrário do que vinha sendo hábito, não disponibilizou horários incompletos pedidos pelas escolas, o que levou a que muitos professores fossem colocados em escolas distantes daquelas em que habitualmente davam aulas.