Ordenado arcebispo em julho, Tolentino Mendonça foi nomeado pelo papa como arquivista e bibliotecário do Vaticano para, segundo disse Francisco na altura, aproximar a Igreja e a cultura.
Na sua ordenação como arcebispo, Tolentino Mendonça assegurou que continuará a ser padre e escritor, mas que irá passar a ter outra preocupação.
“A minha preocupação será, por um lado, a de preservar aquele repositório, que é um grande tesouro da igreja e da humanidade e ao mesmo tempo pô-lo a dialogar com a contemporaneidade”, afirmou na altura.
Tolentino Mendonça defendeu que “é preciso ir além de uma certa ficção que romanceou muito aquele arquivo privado”, sublinhando que o arquivo “está muito aberto à sociedade” e tem “mais de dois mil investigadores creditados”.
“O Santo Padre espera de mim que eu continue a ser um instrumento de diálogo e de aproximação entre a Igreja e a cultura. É isso que farei, a partir da Biblioteca Apostólica, sem dúvida colocando ao serviço da igreja aquilo que são os meus talentos e a minha forma de ser e a escrita é uma forma de comunicação, na qual continuarei a apostar como o lugar de representação, de comunicação de Jesus no mundo de hoje”, afirmou.
Padre desde os 24 anos e poeta, mas também ensaísta e professor, Tolentino Mendonça, nascido na Madeira em 1965, é formado em teologia bíblica.
É autor de dezenas de publicações, especialmente de poesia, mas também de ensaios e textos pastorais, e foi galardoado em 2001 com a ordem do Infante D. Henrique, e em 2015 com a Ordem de Sant´Iago de Espada
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