A investidura do novo governo, que deverá por fim à mais longa crise da histórica política do país, foi adiada para que Netanyahu possa “terminar” a repartição das pastas ministeriais no seu partido, o Likud (direita), segundo o comunicado.

Após 500 dias de reviravoltas, três eleições e negociações até ao último minuto, o Likud e a coligação centrista Azul e Branco assinaram um acordo de governo para três anos que nos primeiros 18 meses será dirigido por Netanyahu e depois por Gantz.

Netanyahu deverá começar a ser julgado por corrupção em três diferentes casos no final do mês e milhares de israelitas manifestaram-se contra o acordo e um governo que, segundo eles, ameaça a democracia.

Várias organizações colocaram dúvidas à legalidade do acordo e recorreram ao Supremo Tribunal, que o validou.

As pastas ministeriais também devem ser distribuídas equitativamente e cada um dos lados é livre de as atribuir a aliados, o que fizeram Benny Gantz, ao convidar uma parte da esquerda para o governo, e Benjamin Netanyahu, com as formações ultraortodoxas.

“Tudo gira à volta da atribuição dos lugares. Este governo não parece ter ideologia”, nota hoje o diário Yediot Aharonoth, sublinhando que as negociações fizeram com que não houvesse “debate de fundo” sobre as orientações do governo, o maior da história de Israel, que a prazo contará com 36 ministros.

O “governo de união e de emergência” para enfrentar a crise da pandemia do novo coronavírus pretende concentrar-se em “fortalecer a economia” e “aumentar a concorrência”.

Com cerca de nove milhões de habitantes, Israel regista oficialmente mais de 16.500 pessoas com a covid-19, das quais 264 morreram.

Este balanço, que é baixo em comparação com a situação na Europa e na América do Norte, esconde, no entanto, um salto do desemprego que passou de 3,4% antes da crise para cerca de 27%.

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