“É lamentável que esta situação se tenha prolongado mais de dois dias”, declarou, na conferência de imprensa diária, o ministro porta-voz do Governo japonês, Katsunobu Kato, sobre o novo incidente na região.

Kato salientou que Tóquio vai “proteger firmemente o território e a soberania marítima do Japão”.

De acordo com as autoridades nipónicas, dois navios da guarda costeira chinesa estão desde a manhã de domingo nas águas próximas das Senkaku, depois de terem tentado aproximar-se de um pesqueiro japonês que se encontrava na zona.

Esta é a presença mais prolongada da navios da China em águas territoriais do Japão desde que há registos.

Sob controlo japonês, as Senkaku, no mar da China oriental, são denominados Diaoyu pelas autoridades chinesas, e tanto Pequim como Taiwan reclamam autoridade sobre o arquipélago.

O Governo japonês afirmou que a China e Taiwan começaram a reivindicar a soberania sobre as Senkaku, há mais de meio século, na sequência da descoberta de possíveis reservas de petróleo no mar da China oriental.

Navios japoneses aproximaram-se já da zona para exigir a saída das embarcações chinesas e para proteger o pesqueiro nipónico, numa zona onde este tipo de incidentes é frequente.

O arquipélago das Senkaku, composto por cinco ilhas e alguns ilhéus desabitados, situa-se a leste da China, a nordeste de Taiwan e a oeste de Okinawa (Japão).