“O governo japonês considera essa situação extremamente lamentável”, disse o porta-voz do governo, Yoshihide Suga, numa conferência de imprensa.
Também anunciou outras medidas, incluindo a suspensão das discussões económicas de alto nível.
“O governo japonês vai continuar a instar veementemente o governo da Coreia do Sul, assim como as autarquias envolvidas, a retirarem rapidamente a estátua da rapariga”, disse Suga.
A estátua foi inicialmente removida depois de ter sido colocada por ativistas sul-coreanos na cidade portuária de Busan.
Mas as autoridades locais mudaram de ideias e autorizaram-na depois de a ministra da Defesa japonesa, Tomomi Inada, ter na semana passada visitado o santuário Yasukuni, em Tóquio, que a China e a Coreia do Sul condenam por homenagear os mortos da II Guerra Mundial e outros conflitos bélicos.
A questão das “mulheres de conforto” dificultou, durante décadas, as relações do Japão com os países que colonizou ou invadiu.
Estima-se que até 200 mil mulheres tenham sido forçadas a prestar serviços sexuais a tropas nipónicas, a maioria delas na China e na península coreana, entre os anos 30 do século passado e o final da II Guerra Mundial, que terminou em 1945.
O santuário Yasukuni, de 145 anos, lembra os cerca de 2,5 milhões de cidadãos que morreram na II Guerra Mundial e noutros conflitos bélicos.
É controverso porque entre os homenageados figuram criminosos de guerra, como o general Hideki Tojo, que autorizou o ataque contra Pearl Harbor.
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