"Estamos decididos e temos a impressão de que eles não estão a fazer nada", disse Nada Bzioui, delegada sindical do Força Operária (FO), no terceiro dia de uma greve na qual também participa a Confederação Geral do Trabalho (CGT).

"Ficaria surpreendida se [a torre Eiffel] abrisse amanhã", quinta-feira, acrescentou Bzioui.

Os dois sindicatos convocaram a greve para "denunciar a gestão atual" do monumento. A paralisação acontece a cinco meses dos Jogos Olímpicos, que ocorrerão de 26 de julho a 11 de agosto.

As negociações foram concluídas na terça-feira sem acordo, pois o pedido dos sindicatos de contar com um representante da autarquia não foi atendido. A autarquia é a acionista maioritária (99%) da SETE, empresa que gere o monumento.

Os sindicatos denunciam que a autarquia impõe um modelo de negócio "insustentável" devido a um desequilíbrio entre os preços dos bilhetes e os gastos, ampliado pela crise da covid-19.

O equilíbrio económico da torre Eiffel viu-se afetado pela perda de cerca de 120 milhões de euros em entradas durante os dois anos da crise sanitária (2020-2021).

O monumento recebeu 6,3 milhões de visitantes em 2023, um número maior do que em 2019, antes da pandemia.