“Neste mandato, o grande investimento vai ser na requalificação das escolas, porque não podemos continuar a ter uns alunos em escolas modernas e outros em escolas antigas sem condições”, afirmou à agência Lusa a vice-presidente da Câmara, Laura Rodrigues.

Segundo a autarca, o município vai recorrer à banca para concretizar o investimento, “não havendo financiamento comunitário e, uma vez que as contas estão equilibradas, há capacidade de endividamento, sem comprometer outros investimentos”.

Neste primeiro ano, a autarquia vai contrair um empréstimo de cerca de oito milhões de euros para construir novos centros escolares em A-dos-Cunhados (quatro milhões de euros), no Turcifal (dois milhões de euros) e na Póvoa de Penafirme (dois milhões de euros).

Na Póvoa de Penafirme, no litoral da freguesia de A-dos-Cunhados/Maceira e do concelho, a população escolar tem vindo aumentar e a atual escola não tem capacidade para tantos alunos, motivo pelo qual uma turma tem aulas numa sala cedida pelo Externato de Penafirme, explicou a também vereadora da Educação.

Em A-dos-Cunhados e no Turcifal existem escolas “centenárias”, com salas “sem condições” e sem refeitórios e outros espaços comuns necessários às exigências atuais e “dispersas”.

Os alunos são obrigados a almoçar em espaços provisórios instalados nas escolas ou em associações locais, por falta de refeitório.

Os novos centros escolares vão estar equipados com refeitórios, centro de recursos, ginásios e salas dotadas de quadros interativos e outras tecnologias adaptadas à realidade atual do ensino/aprendizagem.

O novo centro escolar de A-dos-Cunhados vai ter 14 salas de aula com capacidade para cerca de 280 alunos do pré-escolar e primeiro ciclo do ensino básico.

As novas instalações vão dispor de oito salas de aula para 160 alunos, na Póvoa de Penafirme, e nove salas para 180 alunos no Turcifal.

Em 2019, o município vai avançar com a construção dos centros escolares da Silveira (quatro milhões de euros) e do Ramalhal (3,4 milhões de euros).

Seguem-se, em 2020, Maxial (2,1 milhões de euros), Sarge (1,5 milhões de euros) e Freiria (3,2 milhões de euros) e, em 2021, outros dois na cidade de Torres Vedras, de 3,7 e 3,1 milhões de euros, para substituir as escolas existentes.

Nos últimos onze anos de vigência da Carta Educativa, dezasseis escolas foram construídas de raiz ou requalificadas.