“Não podia ter acontecido mais nada de mal hoje. Um ciclista perdeu o controlo diante de mim, consegui evitá-lo, mas caí a 65 km/h. Bati com a cabeça, tive dificuldades em recuperar. A queda deixou-me também com mazelas na perna e nádega direitas. Perdi todas as minhas sensações [para a etapa] depois da queda”, detalhou Bardet.
O francês caiu numa descida, a cerca de 100 quilómetros da meta, e ficou atordoado no chão, tendo todos os seus companheiros da AG2R La Mondiale aguardado pelo seu líder, reintegrando-o no pelotão pouco depois, ainda antes da grande dificuldade da jornada, a subida a Puy Mary, onde estava instalada uma contagem de montanha de primeira categoria coincidente com a meta.
“Desportivamente, é um dia para esquecer. A geral? Agora, está demasiado longe. É uma pena, tudo corria bem. É um grande azar”, lamentou um desanimado Bardet.
Segundo classificado do Tour em 2016 e terceiro no ano seguinte, o ciclista de 29 anos era quarto classificado à partida para a etapa de hoje, mas perdeu 02.30 minutos para Primoz Roglic (Jumbo-Visma) e caiu para a 11.ª posição da geral, a precisamente três minutos do camisola amarela.
Numa jornada negra para o ciclismo francês também Guillaume Martin (Cofidis), que fechava o pódio antes dos 191,5 quilómetros da tirada de hoje, saiu do ‘top 10’, ao ceder quase três minutos para o esloveno.
“Foi um final difícil. Estou desiludido por mim e pela equipa, mas não abatido. A penúltima subida foi fatal para mim, o ritmo do grupo era demasiado elevado. Não estava muito atrasado no alto, estava a uns 10 segundos do grupo. Se tivesse conseguido reentrar, a minha corrida teria sido diferente, teria podia recuperar no vale e poderia ter feito uma última subida melhor”, avaliou.
Embora esteja a 03.14 minutos da liderança, Martin garante que não vai desistir de lutar pela geral, perspetivando até que poderá ter mais oportunidades por já não estar tão perto da amarela de Roglic.
Se a 13.ª etapa foi desastrosa para os franceses, para Egan Bernal (INEOS) não foi muito melhor, com o colombiano da INEOS a reconhecer à chegada ter feito o seu melhor.
“Mas os outros foram mais fortes do que eu. Não podia fazer mais do que isto. Senti-me muito bem durante todo o dia. Olhei para os meus números da etapa de hoje e são quase os meus melhores de sempre. Simplesmente, os outros iam mais rápido”, declarou após cortar a meta a 38 segundos de Roglic e de Tadej Pogacar (UAE Emirates), para quem perdeu a segunda posição da geral.
“Temos de ver o que acontece nos próximos dias. A partir de agora, irei enfrentar o Tour dia a dia. Precisamos de continuar focados e a gerir os nossos esforços. De qualquer maneira, não vou desistir”, assegurou o campeão em título.
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