Na 19.ª etapa, última de alta montanha, Roglic triunfou isolado e subiu ao terceiro posto, 'atirando' o britânico Chris Froome (Sky), vencedor de quatro edições da corrida, para fora do pódio.

Mesmo sem uma chegada em alto, a tirada foi muito dura, com duas contagens de categoria especial, no mítico Tourmalet e no alto do Aubisque, esta a 20 quilómetros da meta.

Roglic atacou na descida final e concluiu os 200,5 quilómetros, entre Lourdes e Laruns, em 5:28.17 horas, menos 19 segundos do que o grupo dos principais favoritos, com Thomas a cruzar a meta em segundo lugar e a somar seis segundos de bonificação.

"Hoje tive pernas. Tentei muitas vezes e finalmente consegui isolar-me na descida. Foi muito bom vencer hoje, estou muito orgulhoso. (...) Amanhã [sábado] temos um contrarrelógio decisivo", disse Roglic.

Com a bonificação do segundo lugar, Thomas cimentou ainda mais a sua liderança, segura agora por 2.05 minutos de avanço sobre o holandês Tom Dumoulin (Sunweb), 2.24 sobre Roglic e 2.37 sobre Froome.

Mesmo que o contrarrelógio de sábado, de 31 quilómetros, entre Saint-Pée-sur-Nivelle e Espelette, seja bastante duro, com constante sobe e desce, o atual campeão britânico da especialidade muito dificilmente perderá mais de dois minutos para os adversários, a não ser que tenha algum contratempo.

Assim, a luta do 'crono' será para definir os dois últimos lugares do pódio, com Dumoulin, campeão do mundo, a ter vantagem teórica sobre Roglic, que já venceu dois exercícios individuais este ano e foi medalha de prata nos Mundiais de 2017, e Froome, que conquistou o bronze.

Vencedor das últimas três edições do Tour, Froome terá dificuldades para voltar ao pódio, em especial se voltar a demonstrar as mesmas fraquezas de hoje, quando, por duas vezes, descolou do pelotão, valendo-lhe ter sido 'rebocado' pelo colombiano e companheiro de equipa Egan Bernal.

O grande derrotado da tirada acabou por ser o colombiano Nairo Quintana (Movistar), que quebrou na subida final e perdeu mais de sete minutos, descendo do quinto para o nono lugar.

Caso chegue a Paris no domingo, Julian Alaphilippe (QuickStep-Floors) já assegurou que a França estará representada no pódio nos Campos Elísios, uma vez que tem, matematicamente, garantida a vitória no prémio da montanha.


Notícia atualizada às 17:52.